Iniciante

Em que momento validou-se a crença de que a dignidade da profissão está vinculada à prestação de serviços gratuitos?

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Um dos meios obrigatórios para prosseguir a jurisdição é por meio de um representante legal que irá defender o autor. A cobrança de consultas e honorários é o meio de se trocar o seu conhecimento de anos de estudos e dedicação por uma ajuda que garantirá, talvez, um benefício ao autor. Então, muitas pessoas deduzem que ter um vizinho, um amigo, um parente ou alguém próximo que seja advogado(a) terá benefícios de não ser cobrada. No qual esquecem que ele tem certas dificuldades culturais em relação ao cargo e gasta muito tempo lendo a causa da ação e todo o processo judicial.

O advogado, sendo tradicionalmente reconhecido como aquele que sempre defende bandido ou que só pega casos que tem certeza que irá conseguir, mostra a dificuldade de encarar sua carreira. Uma cobrança, mesmo que seja para alguém conhecido, é uma forma de mostrar respeito por essa profissão e recompensar os anos que foram gastos para chegar nessa posição. O seriado “Better call saul” demonstra a dificuldade passada pelo advogado na tentativa de defender seus clientes, mas mesmo assim sofre humilhações por tentar fazer, à vezes, o bem.

Portanto, o simples pagamento a um advogado que você conheça, além de lhe dar mais chances dele ganhar o processo, por conhecer sua real personalidade, demonstrará um reconhecimento maior do seu trabalho.

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1 Correção

  1. Há uma frase-tema:

    Em que momento validou-se a crença de que a dignidade da
    profissão está vinculada à prestação de serviços gratuitos?

    Os exemplos ali estão como textos de apoio.

    Serei exigente porque não sei o que é tolerado por essa banca, então minha ideia aqui é mais de troca, com você filtrando o que faria sentido, isso a partir do que você conhece da banca, dos relatos que escuta por aí, essas coisas.

    Seu texto tem 220 palavras, o que daria pouco mais de 20 linhas, que é o mínimo que a banca da FGV cobra, mas não é algo que agrade os corretores – por saber qual é o tema com antecedência, o corretor lê bastante, considera todas as possibilidades de abordagem e tende a acreditar que 30 linhas são até pouco para o quanto se poderia prouzir sobre aquele tema.

    Numa dissertação-argumentativa, costuma-se exigir ao menos 2 parágrafos de desenvolvimento, o que significa exigir que o candidato trabalhe pelo menos duas ideias, de modo organizado, com cada parágrafo cumprindo uma objetivo claro na sua linha de persuasão.

    Também devo chamar a sua atenção para a importância dos conectivos. Textos são costuras, com a mesma origem da palavra têxtil, que deve sempre te forçar a pensar em ligar as frases e parágrafos, de forma a conferir consistência a essa costura. Foram vários os momentos no texto em que um “além disso”, um “no entanto”, um “por exemplo”, entre outros, caberiam tranquilamente. A ideia é não deixar que o leitor tenha que concluir qual é a relação entre as frases que você deixou soltas.

    Cada parágrafo exerce uma função no texto. Ter claro o seu propósito neles fará com que você jamais trave, levando-o a sentir uma necessidade de planejar o texto, ou seja, selecionar os seus argumentos, as suas estratégias argumentativas (vai usar exemplo? dados? lógica? referências culturais?), como vai querer concluir. Enfim, há estratégias para Introduzir, para Argumentar e para Concluir que eu pelo menos esperaria te ver aplicando. Não consigo explicá-las todas neste espaço, mas deixo o convite para se manifestar sobre isso na minha caixa de mensagens.

    Algo que ainda devo destacar é a importância de escrever sempre em terceira pessoa. Você não está escrevendo para um negacionista de honorários, mas para um corretor da FGV, que não quer receber conselhos, daí nunca você usará o “você”, 2ª pessoa. Isso é importantíssimo num texto impessoal.

    Falei teorica e sucintamente sobre Estrutura, Articulação e Argumentação. Agora, Tema.

    A proposta o convida a responder quando validou-se a crença, e os “textos de apoio” põem como protagonistas os advogados, ou seja, o tema pedia que você tratasse da perspectiva dos advogados, e não das pessoas, cuja crença de leigo é naturalmente esperada. Em outras palavras, o tema era: por que há advogados que dão voz a esse tipo de ilegalidade – porque, sim, cobrança de honorários é tabelada inclusive, o advogado deve cobrar, em respeito à profissão que ele representa. Então, esse é um tipo de sacada que você precisa ter na interpretação do tema, combinado?

    Agora, à norma culta, com todos os erros que encontrei:

    Um dos meios obrigatórios para prosseguir a jurisdição é por meio(1) de um representante legal que irá defender(2) o autor. A cobrança de(3) consultas e honorários é o meio de se(4) trocar o seu conhecimento de anos de estudos e dedicação por uma ajuda que garantirá, talvez, um benefício ao autor. Então, muitas pessoas deduzem que ter um vizinho, um amigo, um parente ou alguém próximo que seja advogado(a) terá(5) benefícios de não ser cobrada(6). No qual(7)(8) esquecem que ele tem certas dificuldades culturais em relação ao cargo e gasta muito tempo lendo a causa da ação e todo o processo judicial.

    1 – Meio por meio? Repetição evitável de palavras;
    2 – “Ir + verbo” é uma construção coloquial: use “defenderá”;
    3 – Cobrar a consulta é diferente de cobrar “por” uma consulta;
    4 – Por que indeterminar o sujeito se ele é determinado?
    5 – Não seria melhor um “trará”?
    6 – Erro de concordância. Sujeito distante, “muitas pessoas”, pode trazer esse tipo de problema;
    7 – “No qual” sempre introduz uma oração subordinada. Subordinadas são dependentes da principal, não fazem sentido quando lidas por si sós – logo, não podem ser separadas da oração principal por ponto final, nunca;
    8 – Ainda sobre o “no qual”, parece-me ter sido utilizado equivocadamente, pois faz referência a um local que não existe na frase anterior. Procure exemplos de frases em que o “no qual” é aplicado corretamente.

    O advogado, sendo tradicionalmente reconhecido como aquele que sempre defende bandido ou que só pega casos(1) que tem certeza que irá conseguir(2)(3), mostra a dificuldade de encarar sua carreira. Uma cobrança, mesmo que seja para alguém conhecido, é uma forma de mostrar respeito por essa profissão e recompensar os anos que foram gastos para chegar nessa posição. O seriado “Better call saul” demonstra a dificuldade passada pelo advogado na tentativa de defender seus clientes, mas mesmo assim sofre humilhações por tentar fazer, à vezes, o bem.

    1 – Faltou o “em” do “em que” – para confirmar se tem ou não a preposição antes do “que”, inverta a frase mentalmente (ele tem certeza que irá conseguir EM esses [nesses] casos);
    2 – Conseguirá;
    3 – Quem consegue, consegue algo – dá pra deduzir, mas não é pra deixar o corretor deduzir o complemento do verbo transitivo.

    Portanto, o simples pagamento a um advogado que você(1) conheça, além de lhe(2) dar mais chances dele(3) ganhar o processo, por conhecer sua(4) real personalidade, demonstrará um reconhecimento maior do seu trabalho.

    1 – 2ª pessoa;
    2 – Idem;
    3 – De ele: quando o verbo que se segue tem no “ele” o seu sujeito, o correto é separar o “de” dele para indicar esse papel de sujeito, pois não existe sujeito preposicionado;
    4 – 2ª pessoa.

    Acho que já te dei bastante trabalho a melhorar.
    Bons estudos e boa sorte no concurso que fizer!
    Meu chat à sua disposição para dúvidas, trocas… Posso estar fazendo exigências que um concurso não faz, mas também não vejo mal algum em seguir esse básico que indiquei.

    Abraço!

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