Transporte no caos da pandemia

A atual pandemia de COVID-19 abalou todas as estruturas em uma escala mundial, e com isso, muitos problemas que estavam esquecidos acabaram vindo à tona no Brasil. Frustra constatar, porém, que a relação dos transportes, meio ambiente e negligências por parte do governo federal, foram os principais empecilhos encontrados.

Primeiramente, é fundamental enfatizar que o tráfego brasileiro, principalmente nas capitais, sempre foi intenso e estressante, além de prejudicar a saúde mental das pessoas e o meio ambiente. Com o coronavírus e as quarentenas emergenciais, o comércio que movimentava o trânsito passou a ser on-line, o que levou mais caminhões e distribuidoras às estradas do país. Todavia, pela péssima qualidade das mesmas, a economia acabou sendo afetada ainda mais, pois os custos para um frete bom e rápido tornaram-se exorbitantes.

Paralelo a isso, como principal contribuinte, está as negligências do governo federal perante essa situação. Devido à grande demanda das estradas e a vasta extensão territorial do país, é lógico que grande parte dos recursos deveriam ser destinados aos reparos e aumento da qualidade das rodovias, e investimentos em combustíveis renováveis, o que não acontece. Nesse viés, as relações econômicas, a preservação do meio ambiente e consequentemente a saúde da população acabam sendo prejudicadas. Não obstante, pelas rodovias nacionais, são inúmeras as obras não concluídas, que ultrapassam décadas.

É possível constatar que, o descaso com o transporte nacional deve ser combatido. Nesse sentido, cabe ao governo juntamente com o Ministério da Infraestrutura, o direcionamento de investimentos para a melhora das estradas e o incentivo da produção de combustíveis renováveis. Somado à isso, é necessário que haja o uso mais frequentes das ferrovias do país para o transporte de mercadorias, reduzindo de forma considerativa o tráfego nas cidades. Assim, os desafios com a infraestrutura brasileira de transportes serão minimizados.