Tráfico Humano no Brasil

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Consoante à ideia aristotélica de que a arte imita a vida, a novela “Salve Jorge” inseriu seus espectadores no contexto do tráfico humano ao contar a história de “Morena”. Haja vista que tal fenômeno se transpõe do ficcional e dialoga com a realidade de vários brasileiros, essa que perdura no corpo social seja por negligência do governo, seja do obscurantismo sobre o tópico, a questão se tornou um entrave que requer atenção imediata. 

 

Em primeira instância, o Estado não cumpre seu papel hegeliano relativo ao caso, uma vez que esse problema se perpetua. Mesmo que a constituição de 1988 preveja a garantia dos direitos humanos aos seus cidadãos, o órgão que as executa se comporta como uma perfeita instituição zumbi baumaniana: ineficaz e, nesse caso, derrotada pelo crime. Dessa forma, a adversidade ameaça a democracia ao esterilizar a carta magna, o que faz de sua resolução um ato fundamental para o bem-estar da nação. 

 

Outrossim, o desconhecimento acerca desse tema envenena qualquer possibilidade de prevenção e que, por isso, faz a ordem social vulnerável. Segundo o postulado de Foucault de que conhecimento se iguala a poder, pode-se dizer que, uma vez que a população se encontra fragilizada pela falta de instrução referente ao conflito, encontra-se impotente. Concomitantemente, a teoria de Voltaire sobre liberdade individual é invalidada, visto que esse conceito se torna inexistente se a outra opção (nesse caso, o conhecimento) não é viável. Portanto, se fazem inexoráveis ações que revoguem essa limitante objeção, uma vez que não somente afetam a segurança da população, como também sua liberdade. 

 

Em suma, o tráfico humano é um dilema grave na sociedade brasileira, fruto tanto da desatenção estatal quanto da falta de entendimento referente ao tópico, e sua resolução é imperiosa para o país. Dessa forma, cabe aos poderes legislativo e executivo, responsáveis por, respectivamente, a criação e a aplicação de leis em território nacional, aumentarem o potencial fiscal do Brasil por meio de leis que reforcem o policiamento e a investigação sobre o tema, principalmente nas fronteiras, resgatando as vítimas e, assim, reduzindo o número de traficados.  Ademais, é necessário o papel midiático de elucidar a população à respeito do problema, recorrendo à propagandas divulgadas na televisão em horários com grande pico de audiência, com o objetivo de conscientizar os telespectadores. Dessa forma, a população não precisará passar pelo o que Morena passou, sem abrir mão de seu final feliz. 

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2 Correções

  1. INTRODUÇÃO: a sua contextualização foi boa, mas você deixou um pouco vago por não explicar direito oque aconteceu com Morena. Oque exatamente aconteceu com ela? Qual foi a situação? Senti falta de um fechamento nessa introdução, procure colocar um conectivo de conclusão e brevemente citar os 2 assuntos que você irá abordar no seu desenvolvimento, você não deixou isso claro.

    DESENVOLVIMENTO: em um único parágrafo, você citou o pensamento hegeliano, a constituição federal e a teoria de Zygmunt Bauman, mas você deixou as três citações soltas. De quem é esse pensamento hegeliano? É de um sociólogo? filosofo? pensador? E em qual artigo da constituição está constando os direitos humanos? E essa instituição zumbi? foi criada por quem? oque ela significa? Perceba, você não deixou nada disso explicito, não adianta citar várias coisas e deixar todas jogadas ao vento, prefira citar uma única coisa que, será bem explicada, com uma boa estrutura e argumentação.

    A mesma coisa pro desenvolvimento 2. Você citou mais duas pessoas, e não explicou exatamente quem são. Poderia colocar dessa forma ” Do ponto de vista do filosofo Michael Foucault, o conhecimento se iguala ao poder……..”

    CONCLUSÃO: sua conclusão possui os 5 elementos, mas você citou assuntos que não foram tratados nos desenvolvimentos, o tráfico humano que muitas vezes passa pelas fronteiras, seria um ótimo argumento para você abordar no desenvolvimento, mas não o fez, portanto é desnecessário, criar interversão por algo não abordado.

    extra: estude mais sobre estratégias argumentativas, e como introduzir e argumentar em cima de uma citação ou dados estatísticos.

    NOTA: 160+120+80+120+120= 600

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  2. – Faltou um desenvolvimento maior na história de Morena. O que ocorreu com ela?
    – O que será discutido nos desenvolvimentos? Essa é uma informação que deve estar mais explicita na introdução
    – É recomendável que não se utilize “em primeira instância”, “em primeiro plano”, “primeiramente” no primeiro desenvolvimento. Um conectivo melhor seria “dentro desse cenário…” ou algo do tipo
    – Qual direito humano deve ser exercido nesse caso? Você pode deixar ele mais explícito.
    – O segundo parágrafo ficou um tanto quanto confuso. Cada filósofo poderia estar desenvolvido em um trecho, Focoult poderia estar no desenvolvimento 1 juntamente com a Constituição, enquanto Voltaire apareceria no desenvolvimento 2.
    – A conclusão possui os 5 elementos que deveriam estar lá, porém, em nenhum momento é falado no texto sobre tráfico fronteiriço e, novamente, não é explicitado o que Morena sofreu.

    Em geral, o texto está bem escrito porém está confuso, com alguns furos, com argumentos que são iniciados e não terminados ou argumentos que fecham algo que não começou. A validação histórico-cultural é boa mas mal encaixada :)

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