Trabalho escravo nos dias de hoje

A Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, no ano de 1888, foi a responsável por abolir a escravidão do país. Contudo, o atual cenário brasileiro ainda possui casos de trabalho escravo. Dessa maneira, é necessária a análise concreta da problemática, com ênfase na falta de visibilidade da mídia e negligência governamental com contornos específicos no mal-estar da sociedade.

Deve-se pontuar, de início, que a falta de visibilidade da mídia colabora para a perpetuação desse quadro. Segundo a escritora Simone de Beavouir, “Querer ser livre é querer livre os outros”. Seguindo essa linha de raciocínio, para que estes casos diminuíssem, a mídia deveria dar mais visibilidade há eles, de tal modo, que a  imprensa não aborda os fatos como eles são, e não promovem a reinserção de indivíduos no mercado de trabalho. Este panorama, pode gerar condições degradantes ao trabalhador em seu ambiente de trabalho e inviabiliza o seu direito da liberdade. Desse modo, faz-se necessária a reformulação dessa postura estatal urgente.

Convém lembrar, que a negligência governamental também pode ser apontado como promotor desse problema. Conforme dados informados pelo Índice Global de Escravidão, no ano de 2018, cerca de 370 mil brasileiros foram  vítimas do trabalho escravo. Isto acontece por conta do analfabetismo junto ao desemprego , uma vez que, aqueles que vivem um tempo na escravidão, quando são resgatados, geralmente retornam, porquê a perspectiva de arrumar um novo trabalho é mínima.

Em vista disso, percebe-se como o trabalho escravo no Brasil ainda é recorrente. Para combater esses empecilhos, o Governo Federal deve atuar por meio da Grande mídia que, a partir da Tv nacional, crie ficções engajadas, ou seja, novelas que tragam uma narrativa sobre o trabalho escravo, na qual irá tenta mostrar as condições de abuso que esses escravos sofrem, com a finalidade de conscientizar e informar a população sobre esta óbice e, além disso, fazer com que  trabalhadores criem coragem de denunciar o que estão passando. Ademais, dentro desse mesmo plano, o MEC ,através de verbas disponibilizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, deve investir nas escolas públicas do país, com p propósito de garantir uma igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formar profissionais qualificados e, assim diminuir a desigualdade social, e,consequentemente, a diminuição do trabalho escravo. A partir disso, a lei Áurea imposta em 1888, será realmente intitulada e não mais representará o comportamento negligente do governo diante do trabalho escravo.