Trabalho e redes sociais podem ser gatilhos para a ansiedade

Ansiedade é uma doença capaz de sobrecarregar alguém negativamente e gerar depressão. Muitas vezes tal problema não recebe a devida atenção, gerando um pré-conceito e o silêncio mediante um assunto tão sério. Atualmente esse problema vem se agravando devido a diversos fatos, como o excesso de trabalho e as redes sociais. As pessoas estão vivendo em busca de status e dinheiro e se esquecendo do que realmente possui valor.

O Brasil possui cerca de 18 milhões de pessoas ansiosas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse é o maior número de casos no mundo, o que nos sugere que há algo de errado. As pessoas têm passado muitas horas trabalhando para buscar melhoria de vida, sem pausa, o que desencadeia um stress em nível elevado. Além disso, a busca por tratamento é baixa e às vezes inexistente, graças à dificuldade para reconhecer o início da doença e aceitá-la.

Ademais, as redes sociais também são um gatilho para desenvolver ansiedade, uma vez que os influencers (como são chamadas as pessoas que possuem muitos seguidores nas redes e postam sobre sua vida para os que acompanham) transmitem a ideia de “vida perfeita”, fazendo com que muita gente se cobre em relação a isso e acredite que o normal é estar feliz o tempo todo e se não for assim, há algo de errado.

Nesse sentido, a doença precisa ser reconhecida e tratada como qualquer outra, pois há sintomas psicológicos e físicos que podem resultar em tragédias. Cabe aos departamentos de psicologia e psiquiatria, juntamente ao Ministério da Educação, promover palestras em escolas e universidades para conscientizar os jovens do problema e ensiná-los a reconhecer sintomas e transmitir a ideia aos seus pais. A mídia também não deve se calar diante de tal situação, deve promover programas que abordem tal assunto e transmitir informações básicas a todos. A cobrança social e pessoal é algo que dificilmente controlamos, mas uma mente bem cuidada e consciente é mais apta a lidar com isso.