Tema:analfabetismo total ou funcional no Brasil

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Segundo a Constituição Federal – documento situado no topo do ordenamento jurídico – , todos têm direito á educação. No entanto, no atual cenário brasileiro, percebe – se a contradição desse importante documento, visto que uma parcela da população brasileira é analfabeta. Nesse sentido, faz – se crucial entender como a negligência governamental é a desigualdade social se coadunam para promover o impasse.
A princípio, é válido destacar, antes de tudo que a omissão governamental é uma peça – chave do problema. Sob essa lógica, Thomas Hobbes, filósofo inglês, defendia que é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. Tal concepção, toda via, não se aplica à conjuntura hodierna, uma vez que as autoridades governamentais não medem esforços para criar ações que resolvam o analfabetismo, como projetos educativos para a população analfabeta. Essa negligência, por tanto, promove a permanência do revés.
Nessa perspectiva, pontua – se a disparidade econômica como influente no revés. A esse respeito o escritor Ariano Suassuna defende a existência de uma injustiça secular capaz de dividir a nação brasiliana em duas vertentes: a dos favorecidos e a dos despossuídos. Sob essa lógica, a parcela populacional que se encontra no grupo dos desfavorecidos, a parcela da população que não frequentou a escola, não é detentora do poder aquisitivo que permitia o acesso a educação de qualidade, o que, por fim ocasiona o analfabetismo total ou funcional da população devido a suas condições econômicas. Dessa forma, necessita – se de meios que amenizem a situação da população vítima da desigualdade secular, como a criação de escolas para pessoas analfabetas.
Faz – se necessário, pois, superar a gênese analfabetismo. Cabe, por tanto, ao Governo, em conjunto com o Ministério da Educação, realize a criação de projetos para a educação, por meio da implementação de escolas para cidadãos analfabetos, com o intuito de transmitir a educação para essa parte da população. Essa ação deve contar com profissionais da área da educação que deverão disponibilizar professores formados e capacitados para transmitir educação de qualidade para aqueles que antes não tiveram a oportunidade de receber. Espera – se, que com essa medida, garantir, na prática o direito a educação de qualidade assegurado pela Constituição Cidadã.

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2 Correções

  1. oi, sua redação está muito boa! entretanto, percebi algumas coisas que, eventualmente, podem causar problemas (ou não)

    “A princípio, é válido destacar, antes de tudo” foram 3 conectivos de uma vez só. na hora da prova, isso pode tomar o espaço de algum argumento importante, então é bom escolher um só.

    “não medem esforços”
    “Significado de Não medir esforços: É uma forma de expressar que fará algo não importa como, que dará tudo de si.”
    acredito que você quis dizer o oposto. além disso, pode ser que isso se enquadre como uma frase clichê, e o enem não gosta disso.

    repetição de revés em 2 linhas seguidas, além da repetição de parcela duas vezes nesse trecho aqui: “a parcela populacional que se encontra no grupo dos desfavorecidos, a parcela da população que não frequentou a escola”

    sobre a intervenção: no senso de estrutura enem, está completa. entretanto, se o dever da escola, tanto ensino clássico como EJA, é alfabetizar seus alunos, qual seria o diferencial de uma escola específica para analfabetos?

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  2. Oi! Então, muito interessante você ter abordado a Constituição! Você colocou o problema geral de forma muito direta, muito bom fazer isso na introdução. Agora, é interessante no 1o parágrafo você apenas problematizar, pois é a 1ª parte do desenvolvimento, e no trecho “como projetos educativos para a população analfabeta” você já expõe uma proposta de intervenção (isso ocorre novamente na 2ª parte do desenvolvimento, em “como a criação de escolas para pessoas analfabetas”). Mas de qualquer forma, seus parágrafos de desenvolvimento e sua conclusão estão muito bons! Parabéns!

    Competência 1 (Domínio da escrita formal da Língua Portuguesa): 180
    Competência 2 (Compreensão e adequação ao tema): 200
    Competência 3 (Capacidade de argumentação e de defesa de ponto de vista): 160
    Competência 4 (Conhecimento dos mecanismos linguísticos): 160
    Competência 5 (Respeito aos Direitos Humanos): 200
    TOTAL: 900

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