No filme “A menina que roubava livros”, a jovem Liesel mesmo enfrentando diversos problemas, continuou alimentando o hábito da leitura. Entretanto, em decorrência da falta de literacia familiar, que é de suma importância para o desenvolvimento do indivíduo, tal hábito não está presente no cotidiano da maioria das crianças brasileiras. Por conseguinte, a ausência familiar e a utilização errônea e exagerada da tecnologia são fatores que contribuem para perpetuação do imbróglio.
Em primeira análise, a ausência dos pais na vida dos filhos contribui para falta de literacia familiar. O livro “Pais brilhantes, professores fascinantes” de Augusto Cury, evidencia que a presença e o amor dos pais é de suma importância para o bem estar dos filhos. Nesse viés, vale ressaltar que muitos pais estão perdidos na difícil tarefa que é educar. A falta de tempo e as rotinas cansativas de trabalho impossibilitam interações familiares e diálogos, assim como a leitura de um livro com o filho. Tais práticas, denominadas literacia familiar, melhoram o desenvolvimento educacional, mental e social das crianças. Todavia, muitas famílias vão de encontro com essas práticas, afetando diretamente diversos âmbitos da vida dos filhos.
Em segunda análise, o uso exagerado da tecnologia no ambiente familiar interfere nas práticas de literacia. A terapeuta canadense Cris Rowan, defende que o uso da tecnologia por menores de 12 anos é prejudicial ao desenvolvimento e aprendizado infantil. Contudo, nota-se que a maioria das crianças já têm contato com a tecnologia desde os primeiros anos de vida. Esse uso precoce e exagerado provoca alienação, dificultando a formação do senso crítico e causa um distanciamento familiar, diminuindo interações como a leitura de um livro, essencial para estreitamento de laços e para o desenvolvimento intelectual e social da criança. Logo, esse uso exacerbado da tecnologia obsta a literacia familiar e atrapalha a cognição do indivíduo.
Destarte, constata-se a importância da literacia familiar na infância. Portanto, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pelo desenvolvimento educacional brasileiro, promover, por meio de verbas da União, campanhas e palestras com psicólogos, pais e professores, com o objetivo de de fomentar a importância da literacia familiar, a fim de torna-la um hábito. Além disso, cabe a família, como base estrutural de todo cidadão, controlar o uso da tecnologia, substituindo esse uso por atividades lúdicas produtivas, para assim, o indivíduo desenvolver o intelecto e ao mesmo tempo interagir com os familiares. Tais medidas contribuem para a criação de hábitos saudáveis como o da leitura, praticado pela jovem Liesel.
Adrianne
1°: Faltou uma vírgula no primeiro parágrafo. O certo seria: “No filme ‘A menina que roubava livros’, a jovem Liesel, mesmo enfrentando diversos problemas, continuou alimentando o hábito da leitura.”
2°: A palavra literacia foi muito repetida. Tente achar sinônimos, como letramento e alfabetização.
Fora isso, na minha opinião, a redação está ótima e com bom repertório