Tema Violência entre torcidas organizadas tem solução?

<span;>Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de problemas e conflitos. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que a violência entre torcidas organizadas ainda apresenta empecilhos os quais dificultam a realização dos panos de More. Nesse sentido, é válido ressaltar o aspecto sociocultural e da segurança como promotores do problema.
<span;>    Em primeiro lugar é importante destacar que, em função de uma repetição comportamental, torcedores tem tornado a violência em campo uma espécie de cultura, consequência da normalização deste ato pelo grupo. A teoria do “habitus” fala de como comportamentos ou situações praticadas cotidianamente podem se introduzir na vida coletiva e se tornar um hábito normalizado e cultural. Desse modo, a torcida organizada segue essa lógica, visto que, a cada jogo é possível notar cenas de violência em campo que não findam. Assim, esse grupo acaba por normalizar esse hábito e torna-o uma cultura através da repetição.
<span;>   Por conseguinte, presenciasse um forte poder de influência dessa cultura coletiva nas políticas de segurança em campo: ao observar que mesmo com as leis ja criadas para a proteção dos torcedores, o quadro de violência ainda persiste, o corpo civil tende a se tornarem imparcial nessas situações, e não cria legislações eficazes para sanar os atos vilentos. O termo “anomia” foi proposto pelo sociólogo alemão Darhendolf para designar a condição social onde as normas reguladoras do comportamento humano perderam a validade. Paralelamente esse sistema estadual de proteção faz alusão a primeira lei de Newton, e permanece inerte defronte à problemática.
<span;>   Destarte, e mister analisar as raízes e frutos da problemática a fim de solucioná-la. Para conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais,  campanhas publicitárias nas redes sociais, que detalhem como esse tipo de violência se instaura nas torcidas organizadas e advirta dos perigos de tornar esse comportamento um “habitus”,  sugerindo ao interlocutor perpetuar a informação aos demais. Apenas assim, a coletividade alcançará a sociedade dita por More.