Tema: racismo e preconceito na sociedade brasileira

Durante a Segunda Guerra Mundial o discurso impulsionado por Adolf Hitler, líder do partido nazista alemão, levou ao genocídio de milhões de pessoas entre negros, judeus, homossexuais, opositores políticos, entre outros. Na atualidade o nazismo é condenado, porém características como o racismo, xenofobia e homofobia continuam presentes na sociedade gerando conflitos. Sob essa lógica, faz-se necessário analisar a inoperância governamental e as raízes históricas como elementos propulsores do revés.

Em primeiro lugar, é válido destacar a inoperância estatal como fator responsável pela perpetuação do óbice. Nesse contexto, segundo o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, algumas instituições atuam como “zumbis”, pois perderam a sua função social. Nesse sentido, é perceptível, que o poder público atua conforme a ideia de Bauman, uma vez que, os governantes, muitas vezes, não adotam medidas capazes de solucionar os diversos casos de racismo, como a criação de leis, realmente, eficientes que combatam os casos recorrentes de tal discriminação e a falta de fiscalização de casos ocorridos, mas que não foram denunciados. Sob essa lógica, há a perpetuação de casos criminoso de racismo tendo em vista que os praticantes vão se sentir impunes da lei e de suas consequências.

Outrossim, as raízes históricas é outro fator intimamente ligado a problemática. Nesse contexto, em 1888, uma nova esperança surgiu para a população escrava do Brasil: a abolição da escravidão, com a Lei Áurea. Os negros enfim libertos, puderam ter um novo olhar sobre a liberdade, porém, houve a falta de uma política de integração na sociedade destes como cidadãos, o que colaborou para que estes convivessem diariamente com olhares desconfiados e comentários preconceituosos, formulados apenas com base na cor da pele, sendo rotulados, muitas vezes, como criminoso, fazendo-os ficar marginalizados da sociedade. Essa conjuntura, teve como resultado a perpetuação de uma violência social herdada do passado, mas renovada no presente, que consequentemente, impede que muitos negros prosperem e contribuam na criação do futuro da nação.

Em suma, atenuar os desafios relacionados aos casos de racismo no Brasil é necessário. Para tanto, cabe ao Ministério da Justiça -responsável pela defesa da ordem jurídica-, fazer valer da lei, fiscalizando, detendo e aplicando multas a aqueles que praticam atitudes racistas, além de criar leis mais severas que sejam, de fato, eficientes, afim de diminuir tal ação criminosa e preconceituosa. Ademais, assiste ao Ministério da Educação promover ações sistemáticas de conscientização em eventos realizados em escolas, objetivando a desconstrução do ideário discriminatório oriundo da colonização e, ainda, demonstrar como esse fato afeta os jovens e adultos negros. Com tais medidas, espera-se ter uma sociedade mais empática com o próximo e que se distancie do pensamento nazista.