Tema: Principais desafios para a inclusão educacional e aceitação social de pessoas autistas no Brasil.

    Segundo o filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Entretanto, o contexto brasileiro contradiz o pensador, uma vez que existem desafios para a inclusão educacional e aceitação social de autistas, o que se mostra como uma injustiça. Desse modo, em vista da estática do modelo educativo e o preconceito enraizado na sociedade, emerge uma grave adversidade, a qual necessita ser resolvida.

      Convém evidenciar, a princípio, a forma educacional como um forte agravante da dificuldade de inclusão de autistas. À vista disso, é pertinente apresentar um conceito psicológico sobre as múltiplas inteligências e como as escolas ignoram elas, para legitimar esse argumento. Nessa perspectiva, embora existam vários métodos de aprendizagem e que a maioria das pessoas tem maneiras diferentes de compreender o mesmo assunto, por exemplo, enquanto alguns indivíduos estudam lendo, outros, escrevendo, as escolas perpetuam somente a maneira tradicional, a qual o aluno fica passivo diante do professor. Dessa maneira, o sistema é exclusivo, pois não disponibiliza nenhuma maneira para acolher outros métodos, além do tradicional. Por consequência, essa inflexibilidade afeta os autistas e tornou-se um dos desafios atuais.

     Igualmente, ressalta-se uma discriminação que torna árduo o processo de aceitação social de autistas. Conforme o físico Albert Einsteen, “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado”. Dessa forma, é visível uma cisma e uma rejeição do corpo social a respeito desse grupo, o que é um outro principal desafio para os autistas, porque essas crenças, as quais muitas vezes subestimam as capacidades mentais desses indivíduos, são difíceis de desenraizá-las da mentalidade da comunidade. Logo, é inadmissível que a acolhida de sujeitos autistas continue prejudicada por conta de um preconceito.

       Em vista dos fatores mencionados, faz-se indispensável uma proposta de resolução desses entraves. Sendo assim, o Ministério da Educação deve tornar flexível o método de educação brasileira, por meio da criação de uma proposta de emenda constitucional – que seria destinada à Câmara de Deputados para votação-, a qual busque diversas maneiras de ser inclusivo a todas as múltiplas inteligências, com a intenção de disponibilizar oportunidades para que os autistas possam optar pela melhor forma para eles estudarem. Além disso, as mídias precisam desenvolver uma campanha contra a discriminação de autistas, pelo intermédio da formação de propagandas televisivas vinculadas ao horário nobre, momento de maior audiência. Assim, seria possível tornar a sociedade mais justa para essas pessoas e seguir o pensamento de Aristóteles.