TEMA: os perigos da automedicação na cultura brasileira

A Constituição Federal de 1988 assegura a todos os indivíduos o amplo acesso aos serviços públicos e a saúde. No Brasil, entretanto, á falta de regulamentação atrelado ao uso indiscriminado de medicamentos sustentam um grave problema social: a automedicação por parte dos brasileiros. Diante disso, medidas são necessárias para mitigar essa problemática a fim de efetivar o que está previsto na Constituição.

Em primeiro plano, nota-se a ineficiência do governo em lidar com a regulamentação e orientação no uso de medicamentos. Segundo dados do jornal G1, mais de 60% dos brasileiros fazem uso regular de remédios sem prescrição médica, com o objetivo de amenizar os sintomas frequentes sem recorrer ao SUS como forma de evitar as enormes filas de espera. Embora no Brasil a ANVISA seja responsável pela regulamentação e venda de medicamentos, não há orientação e punição efetiva para aqueles que comercializam remédios sem receita, o que confirma a insuficiência legislativa para o combate da automedicação.

Ademais, outro fator importante, é uso indiscriminado de fármacos sem a orientação médica. Sob essa perspectiva, a automedicação traz graves consequências para saúde do indivíduo além de ocultar o real problema pela redução dos sintomas, situação a qual se relaciona com o pensamento socrático “conhece-te a ti mesmo”, no  qual o autoconhecimento levaria a verdade, entretanto a falta de conhecimento juntamente com o uso errôneo de remédios da uma falsa ideia ao indivíduo da amenização do problema, dificultando o diagnóstico e tratamento eficaz para doença. Dessa forma, tal contexto prova que o uso indiscriminado de fármacos é um fator agravante para o aumento da fila de espera no SUS.

Portanto, visando amenizar os entraves à resolução da problemática, algumas medidas são necessárias. Nesse âmbito, cabe ao governo federal, em parceria com a ANVISA, à ampliação na orientação para venda de medicamentos sem prescrição, por meio da fiscalização nos comércios, com a maior capacitação e contratação dos agentes, para aplicação de multas aos que não sugue as medidas impostas, além de disso é necessário  que em cada estabelecimento tenha um farmacêutico para instrução aqueles indivíduos que procuram de forma voluntária medicamentos para amenização dos sintomas frequentes. Espera-se, com isso, o combate ao uso indiscriminado de medicamentos e maior promoção do autoconhecimento.