TEMA: Os obstáculos da doação de sangue

A doação de sangue é um ato médico de transferir sangue ou hemocomponentes deste de um doador para o sistema circulatório de um receptor. Porém, para o sucesso desse procedimento, é necessário que haja compatibilidade entre os agentes, logo necessita-se de uma grande quantidade e diferentes tipos de sangue nos hemocentros, e isso não acontece no Brasil. Nesse sentido, pode-se afirmar que há obstáculos que impedem essa ação como a falta de conscientização nas escolas e os estigmas consolidados por gerações, esses impasses geram consequências graves, entre elas a lotação de hospitais, consequente do adiamento de cirurgias, e mortes.

Em primeiro plano, a infância é um período vivido em sua grande parte na escola, e lá as crianças não recebem nenhuma orientação ou informação sobre a importância da doação de sangue. Como resultado, quando atingem a idade mínima para poder doar, elas deixam passar e, geralmente, segue desse modo, abrindo uma exceção quando algum parente ou amigo precisa de ajuda, isso explica a afirmação do psicanalista Freud, na qual se diz que as experiências vividas na infância influenciam o comportamento da pessoa por toda a vida. Sem a quantidade de bolsas suficientes, os médicos se veem obrigados a escolher os pacientes que mais necessitam de transfusão, causando uma lotação nos hospitais na espera de reposição de estoque, e em alguns casos o aguardo dura vários meses.

Em segundo plano, outro impasse que não garante a efetivação da doação de sangue são os estigmas consolidados por gerações. Muitas pessoas acreditam que a ação pode engordar e outros têm receio de que possam se contaminar com a agulha usada na extração, esses paradigmas impedem os indivíduos de doarem e passam isso para os descendentes, impossibilitando qualquer chance de oferecer o sangue. Todavia, essas crenças são frutos da falta de interesse em pesquisar mais sobre o assunto e é bem explicada pelo filósofo Schopenhauer que afirma que os limites do campo de visão de uma pessoa influenciam o seu entendimento acerca do mundo. Consequente à essa escassez de doadores, pode-se observar a morte de algumas pessoas que esperar pela transfusão sanguínea.

Portanto, é preciso da conscientização das crianças e dos adultos sobre a doação de sangue. Desse modo, o Ministério da Educação deve informar e orientar as crianças desde o ensino fundamental sobre a importância da doação sanguínea, por meio de aulas sobre o assunto utilizando materiais didáticos, como livros, para que o público infantil cresça sabendo dessa necessidade de ajudar as pessoas. Além disso, o Ministério da Saúde precisa criar campanhas esclarecendo todas as dúvidas em relação à oferta sanguínea, recorrendo a mídia, que é um dos meios de comunicação mais utilizados, com a intenção de quebrar os paradigmas impostos em famílias, garantindo que os hemocentros fiquem cheios de voluntários.