TEMA: os entraves da educação a distancia durante a paralisação escolar

Em decorrência da pandemia do COVID-19, com o isolamento social, escolas de todo o país estão paradas. Por conta disso, surgiu a necessidade de implantar a educação a distância (EaD). Dentre os desafios encontrados, destacam-se a desigualdade em relação ao acesso à internet no Brasil e o despreparo de professores e alunos para lidar com o ensino e o aprendizado remotos.

De acordo com uma pesquisa feita em 2019 pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil, 33% das casas brasileiras não têm internet. Tendo em vista um país com mais de 200 milhões de habitants, entende-se que muitos serão prejudicados pela adoção do EaD. Crianças e adolescents inseridos nessa porcentagem encontram-se totalmente prejudicados e privados do direito constitucional à educação.

Ademais, em relação aos que possuem internet, há a questão da qualidade e do aproveitamento das aulas. Alunos enfrentam as distrações de suas casas e a necessidade de uma autodisciplina. Quanto aos professores, apesar de existirem aqueles especializados no ensino a distância, a maior parte dos docentes presenciais não estão familiarizados com a dinâmica e didática desse modelo educacional. As dificuldades vão da falta de afinidade com tecnologia à própria maneira de lecionar, que precisa de adaptações para ser eficiente nessas condições.

Destarte, a educação a distância possui muitos entraves e deve ser implantada de forma adequada para conseguir substituir de forma eficiente e justa as aulas presenciais. Para tal, é papel do Ministério da Educação, articulado com os governadores de cada estado, garantir que alunos e professores tenham acesso à internet de qualidade. Isso pode ser feito por meio de parcerias com operadoras. Deve-se, ainda, haver o auxílio aos professores em relação à didática, através da concessão de cursos de docência a distância, por exemplo.