Tema: Os desafios da adoção de crianças e adolescentes no Brasil (modelo ENEM)

Na série “Anne With An E” situada em 1908, os irmãos Sr. e Sra. Cuthbert desejam adotar um menino para servir como ajudante. No entanto, acontece um engano e a protagonista Anne é inicialmente rejeitada por ser uma menina e não ser apta a realizar os trabalhos físicos os quais almejavam. Sob tal ótica, no Brasil hodierno, a idealização de um perfil para adoção persiste até hoje, visto que essa realidade reflete na demanda por perfis estereotipados e no prolongamento dos processos adotivos.

Em primeira análise, de acordo com o CNA (Cadastro Nacional de Adoção), em 2020 o número de pretendentes cadastrados para adotar é veementemente maior que a quantidade de crianças e de adolescentes para adoção. Tal fato demonstra a negligência nos requerimentos do processo adotivo, já que crianças recém-nascidas, saudáveis e de pele clara são mais cogitadas a serem adotadas, enquanto as outras são postas como segunda opção ou até mesmo excluídas na lista de escolhas dos pretendentes. Dessa forma, faz-se imprescindível a dissolução desta conjuntura de estereotipação  de crianças e de adolescentes para adoção.

Outrossim, é válido ressaltar que mesmo com a grande quantidade de pretendentes cadastrados no CNA, as adoções efetivamente realizadas não atingem números extraordinários, como relatado no Portal G1, que em 2015 aumentou apenas 1%. Nesse sentido, questiona-se o período prolongado e o número de processos adotivos ocorridos no Brasil. Ou seja, embora aconteçam paulatinamente, a realização das adoções devem ser eficazes, de modo a crescer tais procedimentos.

Portanto, são necessárias medidas que atenuem os desafios da adoção de crianças e adolescentes no Brasil. Por essa razão, o Governo Federal – instância máxima do poder executivo – deve criar métodos para a melhoria nos processos adotivos, por meio de um sistema unificado de informações sobre a análise das adoções, com o intuito de impulsionar a realização desses procedimentos e de extinguir os preconceitos gerados a órfãos esteriotipados. Enfim, a partir dessas ações, muitas crianças e adolescentes terão um recomeço próspero como na série “Anne With An E”.