Mestre

TEMA: O VÍCIO EM VÍDEO GAME COMO DISTÚRBIO MENTAL E SUAS IMPLICAÇÕES.

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Os versos: “Eu não sei o que fazer. Eu preciso de um encontro. Amor de computador”, presentes na música “Computer love”, escrita por Kraftwerk, tecem uma crítica acerca do vício no vídeo game. Para além da música, a utilização exacerbada e frequente de games configura-se alarmante no território brasileiro, de forma a ser classificada, pela OMS, como distúrbio mental. Dessa forma, é dever cidadão analisar a principal causa de tamanho imbróglio, bem como suas implicações na socialização do indivíduo.

Primeiramente, é imperioso pontuar, como fator substancial na perpetuação desse descalabro, a ausência de monitoramento dos progenitores e responsáveis. A esse respeito, em razão do incremento do tempo de serviço dos trabalhadores, por efeito das modificações nas relações trabalhistas da Revolução Industrial, tem-se o encurtamento dos momentos destinados à família e ao cuidado desta. Dessa maneira, com a disponibilidade sistemática desses elementos tecnológicos, proveniente da escassez da supervisão e assistência adequada dos tutores, o uso exagerado de tais solidifica-se na realidade do cidadão, de modo a contribuir na formação de um elo de interdependência entre ser humano e tecnologia.

Em decorrência disso, os processos de socialização desses indivíduos apresentam-se ameaçados. Isso, porque a privação diária de comunicação pessoal, sem a interferência do vídeo game, derivada da rotina viciante e marcada por um ambiente com carência de atividades sociais, promove um afastamento do indivíduo com a comunidade, pois, de acordo com Nietzsche, a comunicação é uma condição humana, ou seja, a exiguidade dessa estorva a eficaz convivência em grupo. Consequentemente, essa repulsa civil poderá ceder abertura para o surgimento de enfermidades potencializadas pelo sentimento de solidão, exemplifica-se a depressão.

Portanto, depreende-se que existe a indispensabilidade de suprimir esse malefício da era contemporânea. Para tanto, cabe ao Legislativo a modificação da carga horária trabalhista, mediante alterações em leis específicas de jornada de trabalho, as quais permitirão uma maior flexibilidade nos horários destinados à família, para que, assim, se tenha um controle apropriado e saudável dos horários referentes ao uso dos vídeo games. Com a concretização dessa medida, composições similares às de Kraftwerk irão ser, cada vez mais, raras.

 

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4 Correções

  1. INTRODUÇÃO: Pessoalmente , achei muito boa e consistente . Apresenta muito bem o tema proposto além de esclarecer , a princípio , os rumos argumentativos do texto .
    DESENVOLVIMENTO: Está ótimo . Tem várias informações bem articuladas e sua argumentação é concisa . Agora tratando de forma mais específica , gostei do modo como usaste as vírgulas e também de como você se apropriou do seu conhecimento de mundo na argumentação (os contextos da revolução industrial e a citação envolvendo Nietzsche foram perfeitos e o desenvolvimento de argumentos a partir deles foi perfeito).De resto , senti falta da parte das doenças mentais (você deu a entender que discutiria mais a fundo) , mas mesmo assim está ótimo .
    CONCLUSÃO: Ficou muito bom mas tenho dúvidas quanto a aplicabilidade da proposta . Óbvio , esse não é o objetivo do ENEM , e , mesmo se fosse , sua solução ainda é ‘plausível’ . Apesar disso , vejo seu plano de intervenção um tanto quanto vago , principalmente no tocante à execução : como garantir que os pais vão cuidar dos filhos ?, não haveriam métodos mais fáceis de resolver esse problema ? haveria fiscalização desse tipo de coisa ? se sim como ?
    Vale ressaltar que , apesar disso , sua proposta ainda é aplicável e atende todo os requisitos técnicos mas se passar pelas mãos de um corretor mais chatinho pode ser um problema pra toda a conclusão . Fica de olho nisso. {OwO}

    COMPETÊNCIA 1 – (200) Não me lembro de ter visto nenhum erro . Só por isso já vale 200 , mas no seu caso você usou algumas inversões sintáticas e isso dá ao texto um charme a mais .

    COMPETÊNCIA 2 – (200) Você entendeu o tema muito bem . Inclusive relacionou ao mesmo 2 citações extremamente condizentes , logo merece os 200 dessa competência .

    COMPETÊNCIA 3 -(180) Você tem argumentos bons ,mas a falta de desenvolvimento acerca das doenças mentais pesa como falta de clareza nessa competência . Junto disso , caso eu fosse mais chatinho {OwO} e considerasse a parte da proposta de intervenção como vaga , você ficaria com um 160 ou 140 , mas como a meu ver sua proposta ainda é aplicável , por isso ficam os 180 mesmo . De resto , tu manja de escrita então só mantem a qualidade pras próximas redações e tenta organizar mais os teus argumentos e propostas porque eles são muito bons .

    COMPETÊNCIA 4 – (200) Tudo muito bem por aqui . Você usa os conectivos de forma eficaz , as vezes até exagerada como no D1 onde uma sequencia de 2 frases teve em torno de 3 locuções conectivas (ISSO PUXA MUITA LINHA RPZ , SE ACALME AE FJJKFB) . De resto , você tem variedade e conhecimento , então é só manter o ritmo mesmo .

    COMPETÊNCIA 5 – (160) Olha , sua proposta precisa de mais detalhamento . Não entrarei no mérito da aplicabilidade porque acho que já falei muito disso e já fui chato o suficiente , porém a falta de detalhamento mais efetivo em alguns pontos (como quem vai fazer[o orgão do legislativo] , como funciona de fato [seria por dia , por mês , como seria ?] , quem fiscaliza ?) torna o texto impróprio para um 200 . Só detalhar mais um pouco e ninguém vai poder dizer que está ruim .

    -NOTA- 940

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  2. OI, LUIZA…
    Gostei da proposta do seu texto, porém, acho que que fugiu um pouco do “tratar o vício em game como disturbio mental”… Também senti falta de uma interferencia médica, já que o problema mencionado é uma doença.
    No demais, texto bem estruturado, com conectivos bem posicionados que conectam o texto trazendo a coesão e coerencia.
    Foi bacana também o retorno que fez na conclusão à alusão da introdução, mais uma evidencia de um texto coeso.

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