TEMA: O papel do isolamento social sobre o aumento de casos de violência doméstica

Na Roma Antiga, a violência era evidente nas cidades que viviam em constantes guerras, como Atenas e Esparta. De maneira análoga, as práticas violentas configuram-se de acordo com o contexto inserido, como, por exemplo, a violência doméstica culminada a partir do século XX e vivenciada, principalmente, por mulheres e crianças. Nesse sentido, a aplicação do isolamento social contribui para ao aumento do cenário, consequência de uma sociedade patriarcal e tensões familiares vigentes.

Em primeiro plano, convém ressaltar a violência doméstica como reflexo de uma sociedade machista. Nesse viés, uma maior convivência advinda do isolamento acarreta no aumento de agressões físicas e psicológicas, visto que os homens se veem no direito de descontar suas tensões através da brutalidade. Por isso, estima-se que, apenas no estado do Rio de Janeiro, as denúncias nesse contexto sofreram um aumento de 50%.

Ademais, a violência doméstica está presente em todas classes sociais. Como consequência, indivíduos expostos à hostilidades, sejam elas físicas, sexuais ou psicológicas, ficam vulneráveis a desenvolver problemas como depressão e ansiedade, inibindo-os de uma vida normal. Outrossim, a dependência econômica e/ou emocional desestimula o ato da denúncia, criando um ciclo vicioso de humilhações e, em casos extremos, feminicídios.

Expostos os fatos, urge a providência de medidas. Posto isso, o Estado deve, atrelado ao Ministério da Segurança, reforçar os valores estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tais como segurança e integridade. Tal medida seria efetivada com campanhas contra os atos e criação de plataformas que estimulem e facilitem a prática de denúncia, a fim de promover uma maior visibilidade. Feito isso, a violência doméstica não será mais aceita e as providências contra os agressores serão tomadas;