O sistema prisional brasileiro vivencia desafios em seu funcionamento e efetividade. Conforme Jacques Lacan, você pode saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou. Nesse sentido, a psicologia e o Estado torna-se relevante para identificar variáveis na relação do autor e seus delitos e de que forma a justiça facilita na perpetuação das infrações penais.
A priori observa-se que segundo o Conselho Nacional de Justiça (2011) a taxa de reincidência do delito no Brasil é de 70% e verificar as causas para tal agravente é fundamental. A psicologia como uma ciência que estuda os comportamentos e o modo de pensar do indivíduo; nesta perspectiva tem o papel de avaliar as razões e intenções que marcam o momento da transgressão, os anseios e traumas dos infratores, assim como o modo do encarceramento tem influenciado na reincidência dos crimes, nos estigmas sociais que sofrem os ex-detentos e dificulta sua inserção no mercado de trabalho. No entanto, ainda é carente de psicólogos na área forense, nas penitenciárias, nas defensorias públicas e nos centros socioeducativos.
Não obstante, nota-se que segundo a Lei de Execução Penal a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivencia em sociedade. Contudo, percebe-se que os presídios estão com superlotação, sendo que muitos aguardam julgamento ou cumprem penas desproporcionais devido essa morosidade da justiça, há carência de condições mínimas de higiene e saúde, há falta de investimentos na ressocialização, em cursos profissionalizantes e em apoio psicológico para que esse infratores busquem outras alternativas distintas do crime.
Destarte, é crucial que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, assim como as Secretarias Estaduais de Segurança Pública invistam em melhores condições carcerárias, que a justiça tenha celeridade nos julgamentos, que contratem mais psicólogos nas defensorias públicas, fóruns, centro socioeducativos e sistemas prisionais para promover um tratamento adequado e ressocializador do indivíduo, facultando mais dignidade e justiça para reinclusão e diminuição da reincidência criminal.
Temóteo
Gostei muito da sua argumentação, particularmente não sei muito os critérios cobrados nessa banca, mas o domínio da norma culta da língua portuguesa está excelente, com um excelente vocabulário e argumentação, as suas citações foram muito específicas na temática e isso é muito bom e difícil de se fazer, e vc conseguiu, sua intervenção foi muito boa.
960 a 980
Alam28012003
Demonstrar Domínio da Modalidade Escrita Formal da Língua Portuguesa (200 pontos):
Sua redação apresenta uma linguagem formal e adequada, demonstrando bom domínio da escrita.
Compreender a Proposta de Redação (200 pontos):
Você compreendeu claramente a proposta, abordando os desafios do sistema prisional e destacando a importância da psicologia e do Estado.
Selecionar, Coordenar e Organizar Ideias (150 pontos):
A organização do texto está satisfatória, com uma estrutura lógica que abrange introdução, desenvolvimento e conclusão. Algumas frases poderiam ser ajustadas para melhorar a fluidez.
Demonstrar Conhecimento dos Mecanismos Linguísticos para a Construção da Argumentação (200 pontos):
Seu texto apresenta uma argumentação sólida, utilizando adequadamente os recursos linguísticos para fundamentar suas ideias.
Elaborar Proposta de Intervenção para o Problema Abordado (200 pontos):
A proposta de intervenção é clara e direcionada, sugerindo ações específicas para melhorar o sistema prisional e reduzir a reincidência criminal.
Pontuação Total Estimada: 950 pontos.
Essa é uma avaliação aproximada, e lembre-se de que a pontuação final depende da correção oficial do Enem, que considera diversos aspectos detalhados.