A crença em uma entidade superior foi o principal combustível para formar e mudar as sociedades no decorrer da história. Mas, ironicamente, essas mudanças culminaram na ascensão da ciência como principal agente transformador contemporâneo. Apesar desse fato, a religião ainda exerce grande influencia nas “regras sociais” do Brasil e, por conta disso, favorece um coletivo específico em detrimento de uma individualidade. Nesse sentido, vale destacar a exclusão de valores éticos e morais pessoais em prol de máximas imutáveis e a falta de sintonia entre a modernidade e a igreja arcaica.
Primeiramente, os dogmas católicos se aplicam, também, ao descrente, embora o Brasil seja um país laico. Nessa perspectiva, é válido o conceito de religião para o historiador Y. Harari: a combinação entre juízo ético e orientação prática, ou seja, a crença em um valor moral acompanha uma instrução de conduta. Desse modo, tal ideia pode ser observada em assuntos como o casamento entre homossexuais e o aborto, em que a doutrina de uma maioria vale para uma nação inteira. Então, é visível que, nesse aspecto, a religião “atrapalha” a vida do incrédulo
Outrossim, a contemporaneidade não está em harmonia com a igreja tradicional. Por esse ângulo, é conveniente citar que, de acordo com o livro “Homo deus”, a religião explica o sentido da vida fundamentado em um plano cósmico, porém, hodiernamente, a modernidade busca o significado do cosmo a partir de experiências pessoais. Assim, há uma divergência entre “escute sua voz interior” e “siga os mandamentos de Deus”. Por consequência, a política em temas sociais — como os citados anteriormente — não condiz com o pensamento moderno. Logo, nota-se que a evolução da humanidade é estagnada, em partes, pela religião.
Portanto, é notório que as condutas religiosas influenciam diretamente na vida do descrente e, por isso, deve haver uma intervenção governamental. Para que a laicidade do Brasil, garantida pela constituição, seja uma completa realidade no país e, dessa maneira, haja uma “modernização” em assuntos morais, urge que o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos promova reformas em pautas sociais que há uma dominância de dogmas religiosos. Isso pode ser feito por meio de projetos que têm como principal preceito “a humanidade acima da crença”.
iagosaraujo
Sua redação está praticamente perfeita, com certeza tiraria acima de 900, apenas senti a falta de um conhecimento de mundo, algo trago de fora na introdução,e que não seja apenas um conhecimento comum entende, tem que ser algo que mostre ao corretor que você sabe do que está falando, como uma citação, alusão histórica, etc, e depois claro se direcionando ao assunto do texto, mas muito bom trabalho ! Espero ter ajudado.
angelomrrc
Olá, tudo bem?
Então sua redação é muito boa, com ótimos argumentos apresentados e muito bem organizada. De fato, foi muito difícil achar algum erro ou algo assim na sua redação. Só teve uma coisa que eu senti falta, a presença de outras religiões não cristãs, como, por exemplo, a umbanda, budismo e entre outros. Também faltou citar o preconceito dirigido a essas religiões pelas comunidades cristãs.
Creio que seja só isso. Parabéns pela sua redação, não tenho capacidade para julgá-la com notas, porém, creio que tiraria uma ótima nota. :D