Tema: O lixo e a sociedade do consumo no Brasil

Na animação norte-americana Wall-E (2008) nos é mostrado um futuro onde o planeta está coberto por toneladas de lixo. Analogamente a ficção, a sociedade de consumo – alimentado pelas propagandas e produtos poucos duráveis – tem relação direta com a grande produção de lixo na contemporaneidade. Desta forma, o consumismo não só provoca a geração exarcebada de resíduos, que causa danos ambientais, como também cria um sentimento ilusório de satisfação.

“Propaganda é a arma do negócio”. A frase da música O Preço da banda gaúcha Engenheiros do Hawaii aborda o fato de que as marcas utilizam campanhas publicitárias para vender uma falsa sensação de desejo e necessidade. Isso fica claro com um conceito chamado obsolescência programada, que significa que algo foi feito para durar menos, bastante comum em aparelhos eletrônicos. Como efeito, muitas pessoas trocam seus aparelhos celulares por eles estarem desatualizados em relação ao um novo modelo que surgiu.

Em razão disso, há uma grande geração de lixo eletrônico que, na maioria das vezes, são descartados de maneira incorreta e por conta disso pode causar contaminação de solos. Ademais, recursos naturais são esgotados para a produção de produtos que logo irão ser descartados pouco tempo depois de usados.

Destarte, a cultura do consumo é um fator responsável pela grande produção de lixo e para que isso se resolva, é necessário que os órgãos necessários tomem algumas medidas. A priori, é preciso que haja uma conscientização sobre o consumismo desenfreado. O Ministério da Educação deverá organizar campanhas e palestras nas escolas ensinando para crianças e adolescentes sobre o consumo consciente e seus aspectos positivos. Ademais, deve ser ensinado sobre os três Rs: reduzir o consumo, reutilizar produtos e reciclar objetos. Com isso, os estudantes não irão se desfazer tão facilmente de seus produtos. Somente com essas medidas, o futuro distópico mostrado no filme Wall-E se limitará apenas na ficção.