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Tema: o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

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A série “The 100”, pertencente ao catálogo da Netflix, retrata as dificuldades de viver em comunidade na Terra – a qual passou por um apocalipse que dificultou a sobrevivência e, dessa maneira, a estabilidade mental das pessoas. Ao longo da trama, a narrativa revela o preconceito da humanidade em relação às doenças mentais, por intermédio do personagem Jasper que, após sofrer com a morte de Maya, sua namorada, enfrentou a depressão por não encontrar razões para viver, sendo taxado como louco e, consequentemente, tirando sua própria vida. Fora da ficção, o cenário retratado pode ser relacionado ao quadro atual brasileiro: o estigma associado às doenças mentais é causado pela ignorância populacional, sobretudo de responsáveis próximos, que gera consequências na estruturação moral, levando à morte.

Sob esse viés, denuncia-se o tabu referente a distúrbios na mente pela ignorância que a população tem não só no tratamento, mas também na valorização empática das doenças. Segundo C.S. Lewis, romancista irlandês, “a tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos”, dado que, ao ignorar um problema social enfrentado pelo mundo e pelo Brasil hodierno, país mais depressivo da América Latina, a sociedade reflete uma atitude de desmatamento, desconstruindo a esperança movimentada em contornar distúrbios psicológicos. Associado a isso, está a desvalorização da compaixão ao próximo como disseminadora de estigmas relacionados aos transtornos mentais, uma vez que o desprezo leva à ignorância – que ao ser cultivada proporciona preconceitos demonstrados em “The 100” ao desprezar e julgar os sentimentos de Jasper. Logo, as doenças mentais serão consideradas aceitáveis no mundo atual quando o corpo social exercer a função de um educador moderno, priorizando a vitalidade da mente e descartando a ignorância para a constituição de uma corporação empática.

Ademais, encontra-se o desequilíbrio da vida pelo estigma associado às doenças psicológicas, visto que portadores de transtornos na mente esquecem o sentido da vida ao serem julgados e condenados pelas diferenças psíquicas. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, “a preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral”, haja vista a angústia – caracterizada pela ausência de compreensão do autoconhecimento – é causada pelo preconceito social e ampliada pelas doenças mentais. De modo conjunto, a preocupação em encontrar sentido na formação individual afasta o ser humano da sua própria moral, tendo em vista que o julgamento, atitude antiética que viola as crenças da comunidade, desestrutura a linhagem conceitual individual, além de agravar e gerar transtornos psíquicos que possibilitam suicídios pela busca do preconceito. Entretanto, para evitar tragédias, a sociedade míope deve mobilizar a compreensão de distúrbios psíquicos e romper a estigmatização de pessoas psicologicamente doentes.

Portanto, é mister que o Estado tenha atitudes a fim de amenizar a problemática presente na sociedade brasileira. Para a redução da estigmatização de doenças mentais, urge que o Ministério da Educação crie, por meio de alterações na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), matérias escolares que ensinem a lidar com dificuldades psicológicas, banalizando a irrelevância das pessoas. Tais ensinos realizados na escola terão o auxílio de psicólogos e psiquiatras para exercerem a função de educadores modernos, que lado a lado, necessita do apoio familiar para construir a moral individual e evitar a angústia em relação a tabus. Somente assim será possível irrigar desertos e tangenciar a morte – demonstrada em “The 100” por Jasper que foi causada pela depressão.

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2 Correções

  1. Seu parágrafo de introdução esta muito bem definido, contextualizado e com os argumento de causa e consequência. Os desenvolvimentos estão com argumentos bem sustentáveis. E a proposta de intervenção está completa
    1° Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa: 160
    2° Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa: 200
    3° Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 200
    4° Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação: 200
    5° Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: 200

    Nota: 960

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  2. A REDAÇÃO ESTA ÓTIMA, MAS ACHEI ALGUNS ERROS:
    uma vez que = Expressão prolixa
    ‘uma vez que’ é uma expressão prolixa. É preferível dizer “visto que” ou “dado que”
    a fim de = Linguagem informal
    por meio de = ‘por meio de’ é uma expressão prolixa. É preferível dizer “por” ou “através de”

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