Tema: “O combate à automedicação realizada pelos brasileiros”

A indústria farmacêutica sofreu significativos avanços ao longo do século XX. Assim, a obtenção de remédios por conta própria se tornou algo fácil e acessível para a população. Em contraste, não houve uma culturalização por parte da escola para combater a automedicação no Brasil. Nesse sentido, é válido destacar a ausência governamental na regularização dessa prática e a mídia manipuladora que romantiza esse hábito.

Primeiramente, o governo não se faz presente, por meio de leis, para inibir esse uso desenfreado de remédios. Logo, fica evidente a utilização de marketing de “propagandas chicletes”, como por exemplo: “Tomou Doril, a dor sumiu”. Isso porque, não há uma regularização estatal para impedir que empresas farmacêuticas banalizem o consumo de medicamentos sem prescrição médica. Em síntese, esse consumo, além de cultural, se mostra um problema governamental.

Por conseguinte, a mídia retrata essa automedicação em programas televisivos. Dessa maneira, há uma perpetuação desse hábito na sociedade. Pois, em vários programas, busca-se mostrar a realidade da família moderna e, por conta disso, fica evidente essa prática. Por exemplo, em um episódio de “Todo mundo odeia o Chris”, a mãe do personagem principal tem uma forma de resolver qualquer problema relacionado à saúde: o “xarope”. De fato, nota-se que essa banalização, por conta da romantização da mídia, influencia o indivíduo.

Portanto, visto que a automedicação é um problema cultural e midiático, é necessário que o Estado atue em escolas e mídias. Para que haja uma culturalização desse assunto, urge que o MEC (Ministério da Educação) crie um projeto de lei para introduzir “os riscos da automedicação” como um tema transversal no currículo escolar. De modo que, esse tema seja discutido ano após ano e em várias disciplinas. Ademais, cabe ao Governo criar leis para regularizar propagandas apelativas, com o intuito de frear essa romantização.