O atual governo brasileiro possui o objetivo de digitalizar todos os serviços públicos até o ano de 2022. Por mais que seja uma boa notícia para muitos, há uma considerável parcela da população que poderá se encontrar prejudicada por essa política. De acordo com os ideais do bem-estar social, nos quais o Brasil se inspira, sabe-se que é dever do Estado prestar tais serviços a todos os cidadãos. Entretanto, o projeto supracitado causaria a exclusão daqueles que não têm acesso à -ou afinidade com- internet e aparelhos eletrônicos.
À priori, existem muitas vantagens na modernização, como a praticidade de lidar com as questões burocráticas sem sair de casa e com pouca ou nenhuma demora. Ademais, a longo prazo, cortam-se custos com funcionários, infraestrutura e materiais de papelaria. Contudo, percebe-se um problema oriundo desta economia: o desemprego. Muitos servidores públicos teriam suas funções extintas e, caso não fossem dispensados, seria necessária uma reorganização e realocação de milhares de funcionários.
À posteriori, deve haver ainda a preocupação com a acessibilidade. Em 2018, foi constatado pelo IBGE que quase 46 milhões de brasileiros não têm acesso à internet, evidenciando a grande desigualdade que a digitalização traria. Tratando-se de serviços essenciais à sociedade e de um dever Estatal, é inadmissível que tantos sejam privados de acessá-los. Convém lembrar que muitos idosos possuem dificuldade ao lidar com a tecnologia, tornando a tentativa de melhora em um novo desafio.
A meta do Governo Federal, portanto, ainda necessita de ajustes para que seja justa. Visando amenizar as disparidades, cabe ao Poder Legislativo a elaboração de uma lei que garanta a tecnologia e a internet necessárias para que todos sejam contemplados com os serviços públicos. A garantia pode se dar por meio de acordos com empresas de rede e eletrônicos para que sejam distribuídos. Finalmente, para mitigar as questões dos cidadãos idosos, o Poder Executivo deve promover campanhas para ensinar a estes como utilizar os aplicativos digitais por meio de propagandas e cartazes, por exemplo.
ClevertonS
Faltou um equilíbrio na estrutura do texto, introdução muito grande, desproporcional com as demais etapas.
Perceba a necessidade de argumentar, falar sobre, o que é dito na introdução.
Não coloque toda a responsabilidade no governo.
os argumentos são bons.
”não têm acesso à -ou afinidade com- internet e aparelhos eletrônicos.” evite esse uso ” -ou afinidade com-, é redundante, ocupa espaço.
Cintia020
Sua redação ficou ótima! os períodos não ficaram tão longos oque é bom, porque não cansa o leitos a cada ponto. sua proposta de intervenção também, você não usou gerúndio oque não faz com que o corretor tire pontos de você, ficou muito claro oque você quis propor ate a finalização de seu texto. e não houve tangenciamento de texto. parabéns!