Tema: Limites entre estética e saúde

A busca por algo tão abstrato quanto a beleza tem sido uma questão atemporal, presente na sociedade desde o pretexto por trás da expressão “Deus grego”. Dorian Gray era considerado um deus grego pelos padrões de uma Londres vitoriana, porém o mesmo ludibriado pelos prazeres da estética, vende sua alma a fim de permanecer belo eternamente. Assim como o personagem de Oscar Wilde, a população é cada vez mais bombardeada pelos falsos ideais estéticos da mídia e acaba por tomar medidas arriscadas em prol da beleza.

Em primeiro lugar, uma das consequências do mundo globalizado é o avanço dos meios de comunicação que está atrelado ao uso demasiado das mídias sociais. Tais ambientes virtuais têm sido motivos de comparações entre estilos de vida, círculos sociais e, evidentemente, aparências. Como resultado, problemas como a anorexia, bulimia, vigorexia, entre outros distúrbios alimentares e de imagem, têm assolado cada vez mais a sociedade contemporânea.

Por conseguinte, a personificação irreal de padrões estéticos é constantemente exposta na TV, em revistas e em ambientes públicos, como lojas de roupas, e tal exibição contribui mais para a visualização de um padrão e menos para a aceitação entre diferentes proporções e visuais.

Logo, visando a importância da autovalorização e os riscos da busca inconsciente pela imagem perfeita, o Ministério da saúde em parceria com os principais veículos comunicativos sociais deve promover campanhas. Assim, aos poucos a nação saberá reconhecer as suas próprias definições de beleza e não apenas enquadramentos enganosos.