Tema: Idosos no Brasil do século XXI: negligenciados ou valorizados?

A Constituição de 88 prevê, em seu artigo 5.º, que todos os cidadãos brasileiros ou estrangeiros são iguais perante à lei, sejam crianças ou idosos. Contudo, compreende-se que tal virtude não tem sido aplicada de forma satisfatória, uma vez que se analisa a realidade da população idosa brasileira. Diante disso, é necessário analisar os fatores que favorecem essa problemática: o abandono psicossocial e o legado de produtividade intensa que a Revolução Industrial deixou para a sociedade, com o objetivo de levar a crer que o cidadão só é útil quando está contribuindo ativamente para a economia do seu país.

Primeiramente, há uma ressalva para o aumento no número de idosos que sentem que estão sendo negligenciados tanto psicológica quanto fisicamente. Apesar do Estatuto do Idosos garantir direitos, como amparo psicológico e inclusão social, isso não ocorre de forma efetiva. Nota-se, portanto, que existe uma ineficiência nos cenários sociais brasileiros, que impedem que o bem-estar social ocorra.

Convém ressaltar que, graças aos costumes herdados durante a Revolução Industrial, permeia-se o pensamento de que, apenas serão valorizados aqueles que são ativos e auxiliam diretamente para o avanço socioeconômico de uma sociedade. Nesse sentido, o longa-metragem animado “UP: Altas Aventuras” traz uma reflexão acerca dessa temática, ao passo que o senhor, que é o personagem principal, é tratado como um peso às empresas que desejam retirá-lo de sua moradia para a construção de novos comércios. Segundo James William, o ser humano consegue mudar uma vida ao mudar sua atitude mental, corroborado, assim, para evidenciar ser possível alterar essa situação.

Em suma, enxerga-se a necessidade de combater esses infortúnios. Convém, portanto, à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, por intermédio de governos municipais, a aplicação de políticas públicas que visem o amparo psicossocial e inclusão social, a fim de oferecer à população  idosa uma qualidade de vida digna. Outrossim, é imprescindível que as prefeituras instiguem campanhas de conscientização, no sentido de valorizar os anciãos da sociedade. Pois, somente assim, será possível provar a eficiência da legislação instituída na Constituição do Brasil.