TEMA: Idosos no Brasil do século XXI: negligenciados ou valorizados?

A Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, garante em seu artigo
sexto, uma série de direitos sociais. Dentre eles, está o direito ao respeito à pessoa
humana, ao lazer, à dignidade e mais outros elementos que o permeiam. No
entanto, apesar de tal disposição, pelo o que se percebe na sociedade
contemporânea brasileira, esse direitos não são postos em prática, visto que longe
de serem valorizados, os idosos são negligenciados tanto pela sociedade quanto
pelo governo. Onde a aplicação de valores morais na sociedade, não tem a
importância devida. Sob tal perspectiva, é imprescindível o debate e superação dos
impasses.

Já dizia o filósofo pré-socrático, Heráclito, “Tudo flui”. Ligado a isso, pode-se
espelhar na sociedade e observar o quanto ela é mutável, novas coisas surgem,
costumes mudam e é claro, pessoas envelhecem. Essas mesmas que um dia
trabalharam para erguer uma sociedade e que hodiernamente, no século XXI, não
recebem o devido valor. Negligenciados pelos mais jovem, são tratados como uma
classe excluída, como se não pudessem mais contribuir nem agregar em nada para
a população.

Cabe acrescentar, que diante do número exorbitante de 23,3 milhões de pessoas
acima de 60 anos no país, de acordo com a organização Help Age International, a
falta de políticas públicas em relação à saúde e ao bem-estar dos idosos, não se
tornou, após tantas décadas, no século XXI, uma das prioridades governamentais,
visto que somente a aposentadoria não supre todas as necessidades dessa classe.

Levando-se em consideração esses aspectos, ver-se a necessidade de resolver o
impasse. Além da conscientização da sociedade por meio de palestras e incentivo
nas mídias, também é de importante efetuação novas políticas, feitas e gerenciadas
pelo governo, por meio de órgãos direcionados a questão, que garantem o lazer,
bem-estar, segurança e dignidade aos cidadãos idosos. Assim, o artigo sexto
retomará o seu fiel sentido.