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Tema FUVEST: Há futuro para as culturas indígenas na sociedade brasileira?

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O futuro para os vedados do passado

     Da união de povos humanos surge a cultura, o contato entre as civilizações implica na dominação e imposição de seus valores sobre outras pacíficas que não almejam contra-atacar, contudo proliferar em paz. Esse conceito é evidenciado no período do Quinhentismo, cuja escola literária expõe o contato europeu com as tribos indígenas, as quais são massacradas e suas culturas subjugadas agregado da doutrinação cristã para imposição dos “ideais corretos”. Nesse viés, as tribos indígenas sul-americanas são apenas mais culturas em minoria, cuja trajetória tende à extinção em decorrência da imposição e da destruição oriunda de culturas adversas, não obstante, é inegável afirmar que, ainda na modernidade, há quem tente resgatar o passado de tribos.
Sob essa perspectiva, a truculência não há fim vindo de povos hostis contra tribos pacíficas, haja vista que estas não desenvolveram a posse, a autoridade e a ganância perante outrem, logo, não têm o intento de sobrepor seus valores culturais, ao contrário das civilizações hierárquicas e desigualitárias. Destarte, o fato é evidenciado pelo músico brasileiro Renato Russo na canção “Índios”, a qual expõe toda crueldade e submissão imposta aos indígenas durante o período colonial: usurpação de riquezas naturais, vidas inocentes e extermínio cultural. Os povoados indígenas foram esmagados outrora junto de seus valores e costumes construídos por gerações e, hodiernamente, são reduzidos a poucos grupos, mas ainda com muito preconceito de gente fora das tribos.
Ademais, urge salientar que os ideais sapientes, reduzidos há anos, não deixaram de ser alvos de estudo para historiadores e escritores, os quais são capazes de restaurar e promover as culturas até então difamadas e malvistas. Nesse sentido, no livro de 2002 “Nove Noites” de Bernardo Carvalho, é exposto uma narrativa investigativa do suposto suicídio de um antropólogo em aldeias indígenas, onde se passa grande parte da história e, por conseguinte, o leitor obtém contato direto com várias tribos brasileiras a compreender de forma crua os rituais, costumes e relacionamentos para com as pessoas. Logo, a jovem quebra paradigmática realizada por Carvalho é inerente para questionar e analisar a manifestação cultural humana oriunda de tribos que desde o contato com outras culturas se tornou alvo de maldades imagináveis e, quase, adentrando ao esquecimento.
A diversificação cultural proveniente da coexistência de culturas distintas é, portanto, útil para englobar qualquer indivíduo ao aspecto que lhe convir, entretanto, as relações de culturas hostis e dominadoras infligem danos e subtração de valores construídos por tribos pacíficas como no período do Quinhentismo. Apesar disso, as dores e problemas sofridos por esses povos atacados são alvos de denúncia para grandes influenciadores que trazem ideais líricos para enaltecer os oprimidos tal como a canção de Russo e a realidade singela hodierna de tribos reduzidas que preservam seus valores socioculturais expressos no relato narrativo de Bernardo. Assim, restaura-se o passado, ainda que mórbido, e possibilita a chance de um futuro pacífico e coexistente.

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1 Correção

  1. Vamos lá
    Primeiramente, seu texto não está no padrão: o padrão do ENEM é de 30 linhas, e seu texto passou disso. Minha sugestão é começar a escrever textos com esse padrão para se acostumar.
    Sobre sua introdução, as duas informações que você colocou estão ótimas, porém estão grandes demais, uma sugestão é tirar um das informações e colocar outra mais curta, ou usar só uma das informações mesmo.
    Seu segundo parágrafo está muito bom. *se você pudesse diminuir alguma coisa para já ajudar na questão das 30 linhas seria bom.
    O seu terceiro parágrafo está longo demais, você poderia explicar a ideia que você usa no seu terceiro parágrafo, porém diminuir o exemplo, ou seja, dar uma breve explicada.
    Conclusão: achei um pouco confusa, mas em geral ficou bom, para diminui-la você poderia não abranger muito, ou seja, usa a sua ultima frase como a primeira, e explica ela.

    espero ter ajudado :)
    lembrando que não sou nenhuma profissional

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