TEMA: ESTIGMA ASSOCIADO ÀS DOENCAS MENTAIS (ENEM)

O filme “300” remonta a um cenário da Grécia Antiga, o qual, na primeira cena, uma criança é lançada de um penhasco, em razão de problemas psicológicos. Por analogia, o paradigma atual não se distancia tanto desse contexto, uma vez que, os indivíduos com doenças mentais são empurradas no “penhasco”da vida social, isto é, diante dos estigmas das adversidades psicóticas. Sendo assim, Vale filosofar a respeito da negligência dos atores sociais e das projeções dessa conjuntura.
Em primeiro lugar, o filósofo John Locke menciona que o Estado é a estrutura que assegura os direitos sociais, principalmente a saúde mental. Todavia, a percepção esboçada pelo estudioso é incoerente no meio social, dado que, lamentavelmente, a estrutura estatal é incompetente ao não legitimar a segurança mental da sociedade brasileira. De modo exemplificativo, mais de 5% da população está em estado de depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde. Posto isso, nota-se o quanto é inadimissível permitir um governo instar de forma criminosa e incapaz, sucateando seus próprios deveres e a população doente.
Ademais, a postura governamental desprezível associada ao preconceito eminente corrobora para coisificação dos enfermos. Nesse sentido, os referidos se defrontam com grandes barreiras, ao sofrerem preconceitos pela sua, em comparação com pessoas saudáveis, inequivalência interacional, dificultando, infelizmente, sua atenção no âmbito pessoal e institucional. À luz disso, o arcabouço teórico do sociólogo Agnes Herber compactua com essa personalização, pois, afirma que o preconceito é a medida usada pela classe dominante para manter seu status quo. Assim, ao serem desconsiderados, os adoecidos são massacrados pelas feridas dessa problemática.
Infere-se, portanto, que medidas paliativas fazem-se necessárias para inserir os discriminados e contornar os estigmas acarretadas a esses. Para tanto, o Ministério da Educação forjará uma maior relação entre universidades públicas e as escolas, visando promover seminários e palestras, executados por universitários das áreas da Sociologia e da Psicologia. Outrossim, isso será possível pela manipulação da Base Comum Curricular de ambas instituições, ocorrendo, no mínimo, duas vezes ao ano, projetando uma conscientização aplicada e, consequentemente, atenuação dos imbróglios das doenças mentais. Em arremate, haver-se-á uma maior saúde mental e o ideal de John Locke será honrado.