Tema: Educação a distância

Hodiernamente, a Educação a distância (EAD) ganha mais espaço no Brasil, sendo essencial para diversas crianças, jovens e adolescentes. Contudo, devido à falta de preparo dos professores com equipamentos e a não habilidade do uso de novas tecnologias, além do não comprometimento das operadoras de banda larga com seus valores abusivos, falhas de conexão de rede e inexistência de aparelhos celulares por uma parte da população, faz com que esse ensino se torne menos eficaz e indisponível para alguns indivíduos com baixa renda. Portando, deve haver medidas por parte do Estado para mitigar essa chaga.

Primeiramente, vale salientar, em relação às falhas de conexão e à negligência das operadoras de banda larga, que as companhias de rede cobram valores excessivos à população, e o consumidor não desfruta de todos os benefícios que lhe é oferecido, conduta que não é tolerada segundo o código do consumidor no artigo 37, que afirma ser proibida a exploração financeira de quem está comprando um respectivo produto ou serviço. Ademais, cumpre lembrar, quanto ao despreparo dos professores com relação às aulas remotas, que essa é uma realidade que compromete esse tipo de aprendizagem, uma vez que o docente, ao não saber manusear bem as ferramentas disponíveis no seu aparelho eletrônico, não consegue explicar de maneira clara todo o conteúdo a ser administrado.

Em segundo lugar, é válido ressaltar, quanto ao aspecto supracitado, que a falta de aparelhos de comunicação é uma realidade perceptível e vivenciada por grande parcela da população, visto que a desigualdade social na nação verde-amarela deixa explicito a pobreza vivida por 50 milhões de brasileiros segundo dados do IBGE em 2017. Na atualidade, apesar de o governo brasileiro tomar medidas, com base no vírus Covid-19, promovendo grande preferência para a educação a distância nas escolas, a falta de acesso aos aparelhos essenciais para esse tipo de aprendizagem traz malefícios ao ensino básico de várias crianças, adolescentes e jovens no país, porquanto eles não conseguem ter acesso às aulas sem esses equipamentos, gerando um problema para o futuro da sociedade verde-amarela.

Dessarte, cabe ao Ministério da Educação (MEC) investir no ensino a distância através da disponibilização de aparelhos telefônicos para a parcela da população em desenvolvimento estudantil com poucas condições financeiras. Ademais, cabe também às companhias de rede o maior comprometimento com o consumidor, na tentativa de evitar ao máximo a latência de dados de internet ou falhas de conexão, e também aos órgãos públicos a disponibilização de cursos capacitatórios aos professores que não possuem grau de habilidade para lidar com as aulas remotas além do maior comprometimento do cumprimento da lei do código do consumidor. Se todos esses requisitos forem contemplados, poderá haver uma amenizacão dos problemas relacionados à educação a distância e ela poderá ser um sinônimo de eficácia e aprendizagem em grande parte do país brasileiro.