TEMA: Dificuldade de acesso dos jovens ao mercado de trabalho

A Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII trouxe ao mundo uma visão diferente acerca do trabalho e economia, transformando o que até então baseava-se na agricultura. Nesse cenário, novas configurações de mão de obra emergiram, visto que a produção necessita de força de trabalho. Entretanto, hodiernamente, a mão de obra de jovens é desprezada com a justificativa da inexperiência e inqualificação juvenil pressupostas pela sociedade.

Em primeiro plano, convém ressaltar o desemprego que assola todas classes sociais como fator que influencia o cenário. Nesse viés, o mercado de trabalho, dadas as crises e problemáticas econômicas, tende a priorizar profissionais com recursos que demandam tempo e, consequentemente, idade, excluindo grande parte dos jovens. Evidencia-se o fato a partir de estatísticas do IBGE, em que estimam em uma diminuição de 1,3% dos jovens entre 18 e 24 anos no mercado de trabalho apenas no ano de 2018.

Ademais, a dificuldade na disponibilização de cursos e mecanismos qualificativos aos jovens atua diretamente no impasse do desemprego dessa camada. Em face disso, instituições educacionais profissionalizantes oferecem aos alunos do ensino médio oportunidades para realização de cursos técnicos, no entanto, essa ferramenta ainda se limita à uma pequena parcela de adolescentes. Outrossim, mesmo com as especializações necessárias, os jovens são os mais vulneráveis à demissões em inúmeros contextos.

Expostos os fatos, urge a necessidade de medidas. Posto isso, o Estado deve, atrelado ao Ministério da Educação, levar ao Congresso Nacional uma cartilha que expanda a didática das escolas profissionais no ensino médio e promover cursos gratuitos. Tais medidas seriam efetivadas com uma reforma no ensino médio, mediada por pesquisadores e profissionais da educação, a fim de adaptar jovens ao mundo do trabalho.  Feito isso, jovens terão mais oportunidades para inclusão no novo cenário.