De acordo com São Tomás de Aquino, todos devem ser tratados com a mesma importância. Todavia, observa-se que a perpetuação da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher rompe com essa harmonia, visto que, no Brasil, configura-se um lastimável cenário de desvalorização de tal atividade, caracterizada pelo ato de cuidar de crianças e idosos, bem como associado a tarefas domésticas, as quais apresentam ínfima ou nula remuneração. Sendo assim, urge analisar criteriosamente os fatores e desafios para o enfrentamento desse grave panorama nacional.
Diante desse contexto, vale ressaltar que a presença de uma herança cultural, pautada por um discurso que inferioriza a mulher, contribui para o aumento da problemática. Conforme a Teoria do Inconsciente Coletivo, de Carl-Jung, ações e pensamentos da população são inconscientes, em virtude de estereótipos que se propagam ao longo das gerações. Nesse sentido, evidencia-se que a ideia proposta pelo sociólogo pode ser observada de maneira específica na sociedade contemporânea, no que tange à figura feminina, a qual é taxada constantemente como um ser inferior e de escassa essencialidade social, baseando-se em uma vertente misógina que subalterniza esse contingente populacional em espaços domésticos. Consequentemente, são fornecidos a essas cidadãs salários mal pagos ou inexistentes, principalmente, em relação à atividade laboral de cuidado que efetuam diariamente. Logo, faz-se necessário modificar essa injusta realidade enraizada no país.
Ademais, cabe destacar que a débil atuação do aparato estatal está intimamente ligado ao revés. Segundo Zygmunt Bauman, em seu conceito de “Instituições Zumbis”, o Estado manteve a sua forma, porém perdeu a função social. Sob esse viés, é indubitável que o poder público brasileiro enquadra-se nessa definição, em razão da ineficiência governamental acerca da fomentação de medidas que atenuem a invisibilidade dos atos de cuidado realizados pelas mulheres. Por conseguinte, há a predominância de uma crescente ampliação das desigualdades, tanto sociais, quanto econômicas, haja vista que esse trabalho mal pago é assumido, em sua maioria, por meninas pobres, as quais são demasiadamente marginalizadas e invisibilizadas. Dessa forma, é fulcral alterar tal postura inerte e inoperante por parte dos mecanismos federais.
Infere-se, portanto, que os obstáculos supracitados devem ser enfrentados. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pela base educacional do território, mitigar a propagação de um ideal machista, por meio de cartilhas educativas e palestras, em colégios públicos e privados, com a finalidade de promover a valorização da mulher. Paralelamente, compete ao Governo Federal, instituição de poder primordial, amparar essa camada, por intermédio de leis que estipulem pagamentos justos ao trabalho de cuidado praticado pela figura feminina, a fim de visibilizar essa importante atuação. Com isso, a máxima de São Tomás de Aquino será consubstanciada na prática.
Choclet
Oi, boa tarde! Não sou especialista ou professora mas vou tentar corrigir sua redação.
🔶 Introdução: acho que a sua segunda frase ficou muito grande, você poderia ter deixado a questão da falta de remuneração para os desenvolvimentos. Além disso, você não deixou clara qual a sua tese.
🔶 D1: muito bem escrito, parabéns! Só acho que não tem vírgula depois de “principalmente” (linha 22)
🔶 D2: muito bem escrito e defendido também.
🔶 Conclusão: cumpre todos os elementos
🔶 Geral: Redação excelente com apenas algum errinho aqui e ali que eu acredito que não vá gerar descontos. Parabéns!
🔶 Nota
– C1: 200
– C2: 200
– C3: 200
– C4: 200
– C5: 200
🔹 Total: 1000
~ Boa sorte no próximo domingo e desculpa qualquer coisa 🌸
jpbf
introdução com boa estrutura e coesão, porém não deixou claro suas teses para os seguintes desenvolvimentos.
desenvolvimentos com repertórios extremamente pertinentes e bem amarrados, proposta condizente com o que foi dito e apresentando sujeito, modo, objetivo, detalhamento e conclusão necessários.
redação com certeza 940+, a nota máxima vai depender exclusivamente da rigorosidade do corretor na c1 e c3.
An Vitoria
A constituição de 1988, o princípio de ordem jurídica do país no seu 5° artigo garante que todos os cidadãos são iguais perante a lei sem restrição de gênero ou raça. Nesse contexto que diz respeito aos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, é evidente que infelizmente esse direito não é garantido. Desse modo, esse problema persiste seja pela ausência de medidas governamentais e também pelo preconceito, a qual favorece a permanência desse em território brasileiro.
Alam28012003
Sua nota 747,42
Erros gramáticas , erros de estilo relação ao tema ruim a redação está pouco relacionada com o tema comparado com a maioria das outras redações erros de ortografia: bom teve menor quantidade de erros ortograficos
Coesão entre as frases : Ruim as frases da redação estão abaixo do nível de coesão da maioria das redações
Layanaaaa
Achei boa daria 800 pontos, mas é boa, acredito ser mais detalhada para obter mais pontos, gostei da conclusão
Redação sem título
“retrata a invisibilidade de certos problemas da sociedade. Na realidade brasileira, da invisibilidade do trabalho de cuidados realizado pela mulher no Brasil que mesmo sendo um emprego essencial para a sociedade é visto de forma inferior. Com isso, emerge um problema sério em virtude do preconceito