A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê no artigo 3 uma sociedade justa, sem preconceitos e discriminação de gênero para todos os brasileiros. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática, quando se observa os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, dificultando, dessa forma, a universalização dos direitos previstos na constituição. Diante dessa perspectiva, faz-se necessária a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem. Seguindo essa máxima, é necessário questionar os dogmas presentes na sociedade, percebe-se, portanto, que o machismo estrutural é um dos maiores causadores do problema, já que o trabalho de cuidado é visto como uma obrigação feminina, e não como um trabalho de fato, resultando na não remuneração, onde mulheres são responsabilizadas por cerca de 75% de serviços de cuidado não remunerados, ou seja, o sexismo contribui diretamente para um dos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.
Ademais, a mídia não mostra o suficiente a importância de valorizar os serviços de cuidado realizado por mulheres, onde muitas aguentam longas jornadas de trabalho, com tempo escasso para o lazer, direito também previsto na constituição, no artigo 6. Infelizmente, sem representação midiática, a sociedade tende a ignorar a existência do problema, resultando na invisibilidade.
Em síntese, é indispensável medidas que auxiliem a diminuir esse cenário. Portanto, o governo federal deve promover campanhas de conscientização, por meio de palestras, a fim de aumentar o conhecimento do problema, além de campanhas contra o machismo em escolas, para diminuir os casos de invisibilidade de mulheres que exercem a função de cuidado, criando, indubitavelmente, uma sociedade mais justa, assim como prevê a constituição.
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Olá! O texto tem excelentes reportórios. Acredito que seu ponto de melhora é na estruturação.
*Correção por parágrafo.
Parágrafo 1:
*Dinâmica: ‘’Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática (…)’’ Soou estranho esse trecho. ‘’Reverberado na prática’’ soaria melhor. Outro exemplo: você transcreveu o tema duas vezes durante a redação. No início foi adequado, mas depois um sinônimo ficaria melhor. Com ele você repetiria menos o termo ”trabalho”, além de ganhar pontos na competência 4.
Parágrafo 2
*Cuidado com o eco: ‘’Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, nenhuma sociedade que esquece a arte de questionAR pode esperAR encontrAR respostas para os problemas que a afligem. ‘’
+++ ‘’(…) ObrigaçÃO feminina, e nÃO como um trabalho de fato, resultando na nÃO remuneraçÃO, onde mulheres sÃO (…)’’
*Período longo | dinâmica: use mais o ponto final;
*Ao usar dados indique a fonte e o ano.
Sugestão: ‘’Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, nenhuma sociedade que esquece a arte da indagação encontrará respostas para os problemas que a afligem. Seguindo essa máxima, é necessário questionar os dogmas presentes na sociedade. Portanto, em vista de estar enraizado na cultura brasileira, o machismo estrutural é um dos maiores causadores do problema, já que o trabalho de cuidado é visto como um dever feminino, e não como um trabalho de fato. Além disso, ele priva as mulheres da remuneração. É o que aponta um dado da (o) … no ano de ‘’’’. Segundo, ele *as* mulheres *ficam responsáveis* por cerca de 75% de serviços de cuidado não remunerados. Dessa forma, em vista da intensa desigualdade de gênero nesses serviços, é possível dizer que o sexismo é um dos desafios para a resolução do problema.
Parágrafo 3
*Se atente ao paralelismo: os parágrafos do desenvolvimento devem ter a mesma estrutura. Você destacou somente o 1°. O segundo ficou vazio.
*Concordância: ‘’Ademais, a mídia não mostra *de* forma suficiente (…)’’. Outro erro: onde é pronome relativo de lugar. O certo seria usar o pronome ‘’que’’.
Parágrafo 4
*Concordância: ‘’auxiliem na diminuição’’ ou ‘’visem diminuir’’. O restante está excelente.
Laguyertha
õbrigada!! como foi meu primeiro enem eu fiquei muito nervosa na hora e nao consegui pensar direito kkkkk quando acabei a prova pensei nas melhoras que eu poderia ter feito mas ja nao adiantava mais;
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Sem problemas. Te entendo perfeitamente.
Segue duas dicas que peguei no Blog do Enem e que foram o ”boom” na minha vida:
1) Intro: contexto ( aí entra seu argumento) + tema (o link entre argumento e a redação) + tese ( o que você vai defender);
2) Desenvolvimento: afirmação + explicação+ exemplificação + conclusão (eco tá liberado aqui ein kkkkkkk).
Essa redação é da Vanessa Tude que obteve nota mil no Enem de 2018. O tema era “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet“ .
“Primeiramente, vale ressaltar o efeito que a falta de informação possui na manipulação das pessoas. Consoante à Teoria do Habitus elaborada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a sociedade possui padrões que são impostos, naturalizados e, posteriormente, reproduzidos pelos indivíduos. Nessa perspectiva, a possibilidade da coleta de dados virtuais, como sites visitados e produtos pesquisados, por grandes empresas ocasiona a divulgação de propagandas específicas com o fito de induzir a efetivação da compra da mercadoria anunciada ou estimular um estilo de vida. Assim, o desconhecimento dessa realidade permite a construção de uma ilusão de liberdade de escolha que favorece unicamente as empresas. Dessa forma, medidas são necessárias para alterar a reprodução, prevista por Bourdieu, dessas estratégias comerciais que afetam negativamente inúmeros indivíduos.”
Estou na correria da facul, mas qualquer coisa estou aqui. Boa sorte!!!!