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TEMA: Desafios para combater o assédio moral no Brasil

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Em junho de 2021, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi denunciado por assédio moral e sexual. Logo em seguida, ele foi afastado da direção e o Conselho de ética da entidade na qual tinha cargo reconheceu o assédio. É um avanço que haja denúncias desse teor. No entanto, a notícia é apenas um pequeno espectro da problemática que permeia por ser de difícil visualização e também por questões socioculturais. Sendo assim, importante para visualizar e deliberar sobre os desafios para se combater os assédios morais no Brasil.

Sob esse viés, é válido observar a sutileza das relações sociais. Dessa forma, as situações de assédio moral são para Bourdieu a violência simbólica que é suave, insensível e invisível, pois é normalizada por estruturas da sociedade como igrejas, escolas e locais de trabalho. Diante desse pensamento, percebe-se que esse contexto proporciona a imperceptibilidade da questão e em conjunto, violência e poder simbólicos, funcionam como instrumentos de dominação para legitimar os casos de abusos e assédios morais. Por isso, evidencia-se a necessidade do diálogo sério e massivo a respeito desse problema, pois trazer à pauta esse tema e debatê-lo amplamente aumentaria a chance de atuação nele.

Além disso, algumas pessoas assumem posições de inferioridade e submissão sem perceber, normalizando reclamações e humilhações. Conforme Chimamanda Ngozi Adichie em seu livro “Sejamos todos feministas”, as coisas se normalizam após diversas repetições.Para exemplificar, ilustra-se uma situação na qual são eleitos sempre meninos para monitores de sala, em algum momento, mesmo que inconscientemente, as pessoas achariam que só meninos poderiam exercer esse cargo. Por essa lógica, é possível perceber que a questão do assédio moral é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social opressor, a tendência é adotarem esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa e casos como o de Rogério Caboclo acabam sendo convencionados .

Portanto, percebe-se que transformações são necessárias. Para tanto, a mídia, como órgão influenciador da sociedade, deve divulgar informações sobre as diversas situações em que há assédio, por meio de redes sociais como Instagram e Youtube, trabalho semelhante à página “Quebrando o Tabu”. Essa ação tem como finalidade esclarecer sobre poder e violência simbólica, impedindo que as pessoas normalizem certos padrões impostos e normalizados devido sua frequência na sociedade.

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  1. Em junho de 2021, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi denunciado por assédio moral e sexual. Logo em seguida, ele foi afastado da direção e o Conselho de ética [Ética] da entidade na qual tinha cargo reconheceu o assédio. É um avanço que haja denúncias desse teor. No entanto, a notícia é apenas um pequeno espectro da problemática que permeia [1] por ser de difícil visualização e também por questões socioculturais. [2] Sendo assim, importante para visualizar e deliberar sobre os desafios para se combater os assédios morais no Brasil.
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    [1] Permeia o quê? Esse verbo exige complemento
    [2] Vírgula em vez de ponto final

    Sob esse viés, é válido observar a sutileza das relações sociais. Dessa forma [3], as situações de assédio moral são para Bourdieu a violência simbólica que é suave, insensível e invisível, pois é normalizada por estruturas da sociedade como igrejas, escolas e locais de trabalho. Diante desse pensamento, percebe-se que esse contexto proporciona a imperceptibilidade da questão e em conjunto, violência e poder simbólicos, funcionam como instrumentos de dominação para legitimar os casos de abusos e assédios morais. Por isso, evidencia-se a necessidade do diálogo sério e massivo a respeito desse problema, pois trazer à pauta esse tema e debatê-lo amplamente aumentaria a chance de atuação nele.
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    [3] “Dessa forma” é um conectivo conclusivo!

    Além disso, algumas pessoas assumem posições de inferioridade e submissão sem perceber, normalizando reclamações e humilhações [4]. Conforme Chimamanda Ngozi Adichie em seu livro “Sejamos todos feministas”, as coisas [5] se normalizam após diversas repetições. Para exemplificar, ilustra-se uma situação na qual são eleitos sempre meninos para monitores de sala, [Ponto em vez de vírgula] em algum momento, mesmo que inconscientemente, as pessoas achariam que só meninos poderiam exercer esse cargo. Por essa lógica, é possível perceber que a questão do assédio moral é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social opressor, a tendência é adotarem esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa e casos como o de Rogério Caboclo acabam sendo convencionados .
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    [4] “Reclamações” e “humilhações” são termos um poucos estranhos no contexto do assédio moral retratado no restante do parágrafo, pois você expõe outros aspectos além desses dois. Você poderia utilizar outro termo como “estruturas nocivas de poder” que são normalizadas
    [5] Sugiro substituir “coisas” por outro termo que demonstre maior variedade vocabular

    Portanto, percebe-se que transformações são necessárias. Para tanto, a mídia, como órgão influenciador da sociedade, deve divulgar informações sobre as diversas situações em que há assédio, por meio de redes sociais como Instagram e Youtube, trabalho semelhante à página “Quebrando o Tabu” Essa ação tem como finalidade esclarecer sobre poder e violência simbólica, impedindo [buscando impedir] que as pessoas normalizem certos padrões impostos e normalizados devido [a] sua frequência na sociedade.[6]
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    [6] A proposta é válida e interessante. No entanto, seria interessante citar algum outro agente, pois apenas ação midiática não seria suficiente. Por exemplo, também cabe às instituições de ensino propagar informações sobre o tema, e a questão da impunidade também é importante. Nesse sentido, caberia ressaltar que empresas, instituições de ensino e o governo devam atuar no sentido de evitar a impunidade dessas ações sob sua supervisão, bem como o papel da mídia de também incentivar a denúncia dessas ações, o que poderia ser acrescentado ao detalhamento da sua proposta.

    Sua redação é ótima. Muito boa argumentação, repertório sociocultural relevante e extenso e tese coerente com o texto apresentado. Cabem apenas pequenas adequações vocabulares e um pouco mais de detalhe na proposta de intervenção

    Competências
    C1 160 C2 200 C3 200 C4 160 C5 160

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