Comunidades e povos tradicionais do Brasil sofrem com a sua desvalorização. Nesse contexto, para vencer os desafios de se valorizar essas comunidades, além de materializar a manutenção dos modos de vida dessas populações, há que se combater não só a indiferença social, mas também a omissão estatal.
Diante desse cenário, a invisibilidade afeta a dignidade humana desses povos excluídos. Nesse viés, Simone de Beauvoir – ícone da filosofia francesa – disserta que há um apagamento crônico das minorias, que as torna irrelevantes no cotidiano. Essa indiferença social prejudica as comunidades e povos tradicionais, na medida em que lhes faltam o reconhecimento legal, o respeito às suas práticas tradicionais e à sua cultura diferenciada. Logo, para uma nação que se projeta como desenvolvida como o Brasil, não pode relegar à invisibilidade povos e comunidades tradicionais.
Ademais, Norberto Bobbio, em sua obra “Dicionário de Política”, entende que as autoridades públicas, além de oferecer direitos na lei, devem promover o usufruto deles, na prática. No entanto, no Brasil, a ideologia do filósofo não é experimentada pelos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais, vez que faltam a elas políticas públicas de reconhecimento e preservação de formas de organização social. Assim, enquanto durar a omissão estatal, essa população será mais uma vítima da exclusão social.
É urgente, portanto, que o Ministério Público – órgão responsável para garantia da dignidade humana das minorias – deve dar visibilidade social a comunidades e povos tradicionais no Brasil e promover políticas públicas, como ações sociais de reconhecimento legal, respeito às práticas e à cultura das comunidades e povos tradicionais para valorização deles. Essa iniciativa terá a finalidade de combater a indiferença social bem como a omissão estatal. Dessa maneira, a invisibilidade denunciada por Beauvoir deixará de ser, em breve, a realidade do Brasil.
Pedrovitorino
Olá! Não sou corretor de red., mas com base nos meus conhecimentos corrigirei sua redação.
Intro: bem direto e objetivo, mostrou o tema e sua tese. Senti falta de algum repertório para contextualizar mais sua intro.
D1 e D2: não tenho tanto o que falar, seus argumentos foram bem organizados e estruturados, apesar de que faltou trazer mais pontos específicos, ou seja, algumas consequências, para que seu texto não fique tão “genérico”.
•”Como desenvolvida como o Brasil”, seria melhor “Logo, para uma nação que almeja o desenvolvimento…” Isso te evitaria a repetição da palavra “como” em uma única linha.
•“… vez que faltam a elas…” nesse caso, não seria “uma vez que…”?
Conclusão: ótimo! Está contido todos os elementos estabelecidos na proposta de intervenção, parabéns!
C1= 160
C2= 200
C3= 160
C4= 200
C5= 200
Total= 920
maheliote
Gostei muito da sua redação!
Seu repertório é excelente e sua conclusão preenche todos os requisitos necessários para finalizar o texto dissertativo-argumentativo.O descaso do poder público é um tópico que foi bem explorado e é uma realidade constante no Brasil,além de que vc citou 2 problematicas e demonstrou como resolve-las.
Minha única crítica é em relação a introdução,na minha opinião faltou mais contextualização e senti falta da apresentação da sua tese,mas nada que possa comprometer sua nota.
Parabéns pela redacao,ficou excelente!