Tema: Desafios para a inclusão dos autistas na sociedade brasileira

“Te apoio, te afirmo, te admiro, TEA (Transtorno do Espectro Autista)”. O que parece ser uma declaração de mãe para filho, é uma brincadeira feita pelo apresentador Land Vieira com as três letras que remetem a um tema que precisa de visibilidade. No Brasil hodierno, a inclusão dos autistas é um processo difícil, devido ao preconceito ligado a ignorância a respeito do TEA. Diante disso, torna-se alvo de discussão os desafios enfrentados para efetivar a incorporação desses indivíduos ao corpo social, principalmente, em relação à ratificação dos direitos do cidadão autista, bem como a precariedade de informação sobre esse espectro.

É primordial ressaltar que apesar de existirem leis direcionadas aos autistas, estes têm seus direitos continuamente desrespeitados. Verifica-se que no artigo 3º da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, é assegurado o acesso à educação básica e superior, ao mercado de trabalho e à previdência e assistência social, além disso, em parágrafo único fica definido que, caso comprovada a necessidade, o aluno com autismo tem direito a um acompanhante especializado. Nesse sentido, cabe pontuar que com a confirmação dos direitos da pessoa com TEA, sua inclusão é dada de maneira correta, pois, haverá plena convivência do autista com os outros indivíduos e com o meio em questão. Desse modo, é preciso estimular a prática das leis existentes dedicadas aos autistas.

Cabe ressaltar, ainda, que a expansão dos conhecimentos sobre o TEA configura-se como um ponto positivo para a inclusão de autistas no país. Segundo a Associação Brasileira de Autismo (ABRA), após a promulgação da Lei 13.146/15, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, os estudos e a busca por tratamentos em relação ao espectro evoluíram, proporcionando aos deficientes uma melhor qualidade de vida. Nesse viés, nota-se que a informação começou a ser buscada e muitos profissionais tiveram que se especializar para oferecer um melhor atendimento aos autistas, porém, as informações ainda não chegaram até a população como deveria. Dessa maneira, é necessário além de incentivar as pesquisas sobre o TEA expor as informações de forma clara para mitigar o preconceito da sociedade.

Depreende-se, portanto, a urgência em melhorar o processo de inclusão social do autista. Para tanto, incumbe a Mídia – em parceria com o Poder Judiciário e o Ministério da Saúde – divulgar informações atualizadas e pertinentes a respeito do TEA, através de campanhas publicitárias na televisão e redes sociais, para que a população brasileira tome noção das leis e direitos do indivíduo portador desse espectro, além de informar que os autistas são capazes de exercer diversas funções na sociedade. Espera-se, com isso, diminuir o desrespeito e a discriminação contra os autistas e aumentar a inclusão deles, no corpo social.