TEMA: DESAFIOS DA POPULAÇÃO REFUGIADA NO BRASIL

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os desafios enfrentados pela população refugiada no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente  ligado à realidade do país. Nesse sentido, analisar seriamente as raízes e os frutos desse empecilho, é medida que se faz imediata.

A educação é o fator principal no desenvolvimento de um país. Atualmente ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente, contudo, a realidade é justamente o oposto, e o resultado desse contraste é claramente refletido na falta de oportunidade que refugiados enfrentam em busca de emprego no país. De acordo com o ACNUR, o acesso ao mercado de trabalho é um dos principais desafios enfrentado atualmente pelos refugiados. Diante do exposto, nota-se a grande necessidade de especialização/experiência exigida pelos empregadores locais, o que dificulta na busca de uma melhoria na condição educacional e social desses indivíduos.

Faz-se mister, ainda, salientar o preconceito existente em relação a cor, raça, cultura, inerente a essas pessoas como impulsionador do problema. De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Contudo, o que ocorre nos dias atuais é claramente o oposto, visto que a discriminação sofrida por refugiados no Brasil é um grande infortúnio que acerca-os na luta por igualdade.

Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, cabe ao Tribunal de Contas da União, o direcionamento de capital que, por intermédio do Ministério da Educação, com o apoio de instituições locais, será revertido em palestras de conscientização e combate ao bullyng, como também cursos gratuitos ministrados por profissionais, visando levar o ensino especializado e direcionado para o mercado de trabalho atual a todos os estrangeiros refugiados no país, criando novas oportunidades de crescimento para todos que buscam o Brasil como destino para um melhora de vida. Com isso, espera-se que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.