O filósofo francês Sartre defende que cabe ao ser humano escolher seu modo de agir, pois este seria livre e responsável. No entanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão do uso de medicamentos de modo consciente. Nesse contexto, em função da falta de tempo e das diferenças econômicas e informacionais, emerge o problema da automedicação, pois nem sempre é feita de modo acautelado.
Em primeira análise, é preciso salientar a lógica do neoliberalismo que predomina na sociedade contemporânea. Segundo o filósofo coreano Byung-Chul Han, tais ideias refletem em um comportamento de autoexploração, em que há trabalho e estudo em demasia para a obtenção de um sucesso que é responsabilidade própria, mas esse cenário só evidencia uma alienação de si mesmo. Fora que, ao priorizar o sucesso, não se sobra muito tempo para o auto-cuidado, e diversos brasileiros se dopam para continuar nesse ritmo frenético de resultado, desempenho. Mostrando-se assim, a inconsciência de diversos seres humanos.
Além disso, deve-se ressaltar que nem todos possuem as mesmas condições tanto no âmbito financeiro, como no acesso à informação. Sob esse viés, é possível constatar perante dados da Organização Mundial da Saúde que grande parte da população brasileira não tem acesso ou não consegue pagar por consultas e ter um acompanhamento profissional. Sendo assim, a saída que muitos econtram é ouvir relatos de outras pessoas ou se consultar com o vendendor da farmácia, e por falta de discernimento ou até mesmo conhecimento do próprio organismo, colocam em risco a própria saúde. Evidencia-se a importância do SUS que tenta acessibilizar a saúde, bem como, o acesso à informação na erradicação dessa problemática.
Fica claro, portanto, que transformações são necessárias. Para tanto, o Ministério da Saúde deve realizar campanhas mensalmente em centros urbanos por meio da participação dos profissionais da área de saúde, para não só realizar os check-ups da população, como também, alertar os riscos da automedicação, sendo as consultas acompanhadas por boletins informativos sobre a prevenção ser melhor que os remédios. Assim, a boa alimentação e os dez minutos diários de atividade física, por exemplo, poderiam evitar horas em consultórios, como também, esses mutirões da saúde podem ampliar o alcance da saúde na população.
bicodeviuva
✔️ Ótimo texto, poucos pontos me chamam atenção a ponto de tentar fazer uma correção.
✔️ Entretanto, no que diz respeito ao primeiro parágrafo de desenvolvimento, sinto que você construiu um percurso argumentativo que não privilegiou tanto a abordagem do tema especificamente. Começou a fazer links apenas nas ultimas linhas. Eu achei incomodo isso.
✔️OUTRO PONTO QUE ACHEI PERTINENTE FOI ESSE :”é possível constatar perante dados da Organização Mundial da Saúde que grande parte da população brasileira não tem acesso ou não consegue pagar por consultas e ter um acompanhamento profissional.”
QUAL O DADO ?
✔️ No mais, achei o texto bem promissor, ótima estrutura, ótimo linguagens e uso de recursos coesivos, assim como tem uma boa proposta de intervenção.
Bagheera
Sua redação está muito bem escrita parabéns,somente quando você citou
“possível constatar perante dados da Organização Mundial da Saúde” esqueceu de detalhar de que dado você está falando, foi só oque notei.
Ah e sempre puxaram minha orelha que séria melhor que, se possível, citasse dois agentes na sua proposta de intervenção, assim ela ficaria mais rica.