TEMA: Caminhos para garantir o reconhecimento cultural do carnaval no Brasil (ENEM)

Na sociedade, existem períodos de ócio homogêneos, como por exemplo, assistir a Copa do Mundo, as Olímpiadas, as vésperas do ano novo, entre outros, os quais as pessoas tem muito respeito. Tal situação é contrária ao que acontece no carnaval, o qual não tem reconhecimento como as demais, sendo sua cultura negligenciada. Esse cenário extremamente negativo tem como causa o preconceito sociocultural do país, advindo do achismo prepotênte das demais massas e da crença fabulosa de que o trabalho dignifica o homem.
Nesse contexto, a semana carnavalesca nos olhos de pessoas com visão de mundo diferente e narcisista, tem como uma das consequências ser tratada de modo inferior. No período Colonial, os africanos viram as suas o seu modo de vida ser destruído pelos portugueses, por esses assumirem a sua forma de vivência como a correta e a melhor. Esse mesmo pensamento do século XVI ocorre de forma similar no mês de fevereiro, no qual, pessoas com seus achismos e preconceitos inflados, se dirigem a essa festa como um evento não digno de seu respeito, tendo como consequência uma segregação cultural e a dificuldade de reconhecer tal evento.
Ademais, a ideia de que o descanso desfavorece a imagem do indivíduo, acaba acarretando em uma indiligência ainda maior nessa festividade. No período renascentista, o ócio era temido pela época, mentalidade que transcendeu até os dias atuais. Com isso, entretenimentos muito prolongados são vistos como uma ameaça a sociedade por desconsiderar dias de trabalho. Essas ideias “trágicas” estam intimamente ligadas ao carnaval, uma vez que em alguns estados duram mais que um mês.
As comemorações do segundo mês do ano devem ser dignas também, desviando preconceitos com origens remotas e ideias seculares de “tempo livre”. É mister que os governos estaduais atuem na questão por meio de propagandas nas redes sociais, meio no qual se alcança o maior número de pessoas, a fim de conscientizar a sociedade de suas mazelas. Ainda, é preciso que a própria população assimile as ideias, por meio de um pensamento aberto e livre de preconceitos, pesquisando sobre as festas carnavalescas, a fim de diminuir os estigmas para o reconhecimento dessas.