TEMA: Caminhos para combater o racismo no Brasil

Em uma sequência icônica da obra “Django livre”, de Quentin Tarantino, retrata-se a linha argumentativa de pesquisadores que, num passado não tão distante, buscavam justificativas para a segregação racial em meros padrões de formação craniana (frenologia), denotando o quão febril já fora o preconceito racial. Ainda com o advento da abolição da escravatura e da criminalização do racismo no Brasil, custa muito dizer que a desigualdade racial foi erradicada, imputando a tal temática atenção indispensável.

Na miríade de disparidades quanto ao tratamento social, cita-se o olhar policial; incontáveis capturas em câmera de pessoas negras sendo vítimas de abuso de autoridade em abordagens e de perseguição em comércios são expostas em redes sociais, “Facebook” e “Youtube” para citar, e em noticiários, mesmo quando suas condutas são insuspeitas ou indissociáveis das de pessoas brancas.

Não atuando somente como um registro de condutas preconceituosas, a internet também dá lugar ao discurso de ódio em fóruns e comunidades criadas em redes protegidas por altos níveis de encriptação, característica da já popularizada “Deep web”. Sem regulamentação, tais estruturas fomentam as atitudes de seus frequentadores.

Ainda não reduzida a história, a luta pela igualdade racial continua. É indispensável que ambientes que dão lugar ao discurso de ódio sejam cerceados na internet, obrigação dos gestores das redes que mais tornam isso possível. Além do supracitado, a temática racial deve ser pautada em instituições de segurança pública, a fim de evitar casos de violência policial direcionada por preconceitos.