tema: as midias como impulsionadoras da busca pela perfeição

A obra “Sociedade me rede” ,de Manuel Castelles, externa o desenvolvimento das tecnologias nas relações humanas e a caracterização da ‘ cultura da virtualidade’, que é a fusão da realidade com o meio virtual. Dessa forma, tem – se a reflexão sobre o papel das mídias no engajamento do perfeccionismo. Portanto, não apenas o fortalecimento dos influenciadores digitais como, também, a alienação da sociedade permitem a progressão do imbróglio.

Nesse viés, o documentário “Geração like” retrata, de maneira singular, o impacto da internet na vida dos adolescentes e como ela influencia na construção da identidade dos mesmos. Desse modo, com a ascensão dos influenciadores, principais impulsionadores dessa problemática, as pessoas sentem constantemente  a necessidade de ter aquela vida, corpo, personalidades consideradas perfeitas. Dessa maneira, o desenvolvimento do problema pode acarretar malefícios à saúde mental da população, pois a banalização da perfeição impede a humanização e consequentemente provoca uma pressão social.

Outrossim, o filósofo Heidegger disserta sobre a existência humana e a capacidade de escolha e decisão do indivíduo. Não obstante, em contraste com a ideia, é perceptível a alienação do meio perante as imposições da mídia. Diante disso, a inépcia na triagem do que é expressado nas redes sociais pode provocar a sensação de insuficiência pessoal, que caso não seja examinada pode evoluir para ansiedade e depressão.

Diante desse cenário, urge que as empresas midiáticas acompanhem e executem projetos de aperfeiçoamento do algoritmo por meio de uma equipe especializada- desenvolvedores, programadores – na irradiação mais precisa e individualizada dos  conteúdos, afim de delimitar as informações baseadas nas necessidades do indivíduo. Analogamente, as escolas devem educar e orientar os cidadãos por intermédio  de mesas – redondas e palestras, voltadas para a implicação das mídias no estabelecimento da perfeição, na base curricular do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas do país, para construir uma dissociação do real e do virtual e evitar a cultura da virtualidade.