TEMA: Analfabetismo funcional no Brasil: Por que esse problema ainda persiste?

Nas últimas décadas, o Brasil conseguiu minimizar significativamente problemas educacionais, como a taxa de pessoas que não sabem ler. No entanto, devido à desigualdade social e à ineficiência governamental, persiste no país o analfabetismo funcional, que consiste na dificuldade dos indivíduos em entender o sentido e os objetivos de um texto.

Em primeira análise, cabe destacar a interferência das condições sociais na jornada educacional dos cidadãos. Nesse sentido, essa relação torna-se preocupante no Brasil, tendo em vista o contexto de desigualdade que marca o país. Além da diferença de qualidade entre a rede pública e a privada, outros fatores afetam o desenvolvimento intelectual, a exemplo do trabalho infantil, da falta de acompanhamento e da instabilidade familiar.

Além disso, é preciso ressaltar a deficiência governamental quanto à educação básica da rede pública de ensino. Apesar de avanços obtidos mediante programas federais como o Brasil Alfabetizado e o Mais Educação, o Estado, em geral, oferece uma educação de baixa qualidade, sobretudo em razão dos escasso investimentos (não raramente desviados) e da ausência de planejamento e fiscalização.

Desse modo, a fim de que haja um ensino básico de qualidade acessível a todos, é necessário que o Poder Legislativo elabore leis que garantam a fiscalização rígida das verbas públicas destinadas à educação, bem como a punição de atos ilícitos. Tais medidas podem se efetivar com a colaboração de agentes de órgãos públicos de controle, que devem ser devidamente recompensados pelas ações de combate à corrupção.