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Tema: Alternativas para desestruturar a presença da alienação parental nas famílias brasileiras

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No livro “O Filho de Netuno”, pertencente à série de livros “Os Heróis do Olimpo”, do escritor Rick Riordan, a personagem Hazel constrói uma imagem distorcida de seu pai, em virtude da mãe que culpa Plutão – deus romano que gerou a menina – por amaldiçoar sua filha, uma mentira insistentemente contada. Embora fictícia, tal narrativa faz-se evidente na atualidade brasileira: a alienação parental, motivada por intrigas e pela falta de comunicação entre os familiares, afeta a mentalidade de muitos jovens.

Nesse viés, as discussões existentes nos relacionamentos corrobora a alienação parental. Isso porque ocasiona no filho um pensamento diferente de sua relação com os pais: na briga, por exemplo, um xingamento trocado entre o casal pode escandalizar a criança e mudar a perspectiva que ela tem sobre seus formadores. Consequentemente, o jovem fica confuso com o ideal associado a seu familiar, porquanto suas experiências de vida transmitem algo que, muitas vezes, é distorcido por falas e opiniões de outros parentes formadas, principalmente, em discussões. Ilustração disso é o grande número de casais divorciados que lutam pela guarda do filho e o fazem escolhe-la, subornando-o mediante mentiras acerca do outro, o que demonstra como o divórcio, ou seja, uma divergência, favorece a alienação parental e influencia de maneira negativa na estabilidade emocional dos menores.

Ademais, a carência comunicativa entre os familiares contribui para a formação de intrigas, isto é, facilita a alienação parental, visto que impossibilita a resolução de divergências, as quais criam visões pessimistas entre o casal, que são, em diversos casos, transmitidas aos menores. A esse respeito, a série da Disney “High School Musical: The Musical: The Series” evidencia, por meio do personagem Ricky, que sofre com o divórcio dos pais e fica inseguro ao se relacionar com sua mãe pela falta de conversas sobre o motivo da separação, como a escassez de debates pode alterar o pensamento da criança em associação a algum parente. Nesse sentido, tal ficção se aproxima da realidade brasileira, pois esclarece a forma em que a comunicação se mostra importante para reverter a problemática e auxiliar na melhora dos reflexos maléficos a mentalidade das crianças.

Portanto, torna-se imprescindível combater os alicerces supracitados que favorecem o sustento da alienação parental no Brasil do século XXI. Para isso, urge que o governo federal aconselhe a sociedade a procurar psicólogos, por intermédio de palestras – feitas sobretudo na mídia, que possui grande influência na contemporaneidade – responsáveis por demonstrar a importância desse cargo na mitigação do tema: como a terapia de relacionamentos pode diminuir discussões e evitar a alienação parental. Essa atitude teria, também, a finalidade de melhorar a comunicação familiar, o que reduz a probabilidade de divergências e, principalmente, auxilia na melhora da saúde mental dos jovens afetados por esse problema. Com essa medida, histórias semelhantes a de Hazel – opiniões incoerentes sobre seus formadores – não pertencerão ao atual cenário brasileiro.

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5 Correções

  1. lá Matheus, boa tarde!

    Gostei muito do seu texto, segue os padrões de uma redação do ENEM, os repertórios foram muito bem empregados e relacionados ao tema, a argumentação é consistente e o desenvolvimento muito bem produzido. Quero deixar um adendo em relação a proposta de intervenção: sua PI apresenta os 5 pontos necessários (agente, ação, modo/meio, detalhamento e finalidade), mas duas coisas poderiam ser melhoradas. Ao invés de atribuir o governo federal como agente, use um órgão mais específico (ex: MEC, Ministério da Saúde, etc), e não use verbos como “aconselhe”, e sim aqueles que passem uma visão de obrigação, como “deve”.

    Você escreve muito bem e seu texto está ótimo! Certeza que irá muito bem no ENEM.

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  2. Olá, parabéns por escrever. O texto é bom, mas o que me preocupa é o tamanho, aparentemente prolixo, os parágrafos são gigantes e, se fosse no Enem, provavelmente não caberia nas 30 páginas. Além disso, apresenta alguns desvios gramaticais, entretanto estes não são capazes de interferir na compreensão textual. Há, contudo, um erro técnico no que está exposto, a alienação parental é uma situação jurídica ativa, que ocorre quando um dos genitores influencia a criança a se por contra o outro. Desta feita, não pode ser confundido, como ocorre no texto, com os efeitos naturais que decorrem da separação dos pais. Ou seja, todo divórcio gera consequências na vida cotidiana e emocional da prole, que em razão delas pode se afastar de algum dos genitores, o que não significa dizer que está havendo alienação parental. Por fim, a conclusão apresenta pouca concretude na sociedade atual, além de ter um tom elitista, se só coubesse ao governo sugestionar à população a procurar um psicólogo para resolver o problema, no sistema de desigualdade e de precariedade do sistema de saúde, somente as famílias mais abastadas estariam livres do problema.

    Continue lendo e escrevendo.

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  3. Olá Matheus, boa tarde!

    Gostei muito do seu texto, segue os padrões de uma redação do ENEM, os repertórios foram muito bem empregados e relacionados ao tema, a argumentação é consistente e o desenvolvimento muito bem produzido. Quero deixar um adendo em relação a proposta de intervenção: sua PI apresenta os 5 pontos necessários (agente, ação, modo/meio, detalhamento e finalidade), mas duas coisas poderiam ser melhoradas. Ao invés de atribuir o governo federal como agente, use um órgão mais específico (ex: MEC, Ministério da Saúde, etc), e não use verbos como “aconselhe”, e sim aqueles que passem uma visão de obrigação, como “deve”.

    Você escreve muito bem e seu texto está ótimo! Certeza que irá muito bem no ENEM.

    Rt

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  4. Olá Matheus, boa tarde!

    Gostei muito do seu texto, segue os padrões de uma redação do ENEM, os repertórios foram muito bem empregados e relacionados ao tema, a argumentação é consistente e o desenvolvimento muito bem produzido. Quero deixar um adendo em relação a proposta de intervenção: sua PI apresenta os 5 pontos necessários (agente, ação, modo/meio, detalhamento e finalidade), mas duas coisas poderiam ser melhoradas. Ao invés de atribuir o governo federal como agente, use um órgão mais específico (ex: MEC, Ministério da Saúde, etc), e não use verbos como “aconselhe”, e sim aqueles que passem uma visão de obrigação, como “deve”.

    Você escreve muito bem e seu texto está ótimo! Certeza que irá muito bem no ENEM.

    Boa sorteee!!!

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  5. QUERO DEIXAR CLARO QUE NÃO SOU PROFISSIONAL

    1. LÍNGUA PORTUGUESA: 160 PONTOS
    Você demonstrou bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, so preste mais atenção na regencia
    2. ABORDAGEM / GÊNERO: 200 PONTOS
    Você desenvolveu o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.

    3. DEFESA / COERÊNCIA: 160 PONTOS
    Você apresentou informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
    4. COESÃO E ARTICULAÇÃO: 160 PONTOS
    Você articulou as partes do texto, com poucas inadequações, e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

    5. PROP. DE INTERVENÇÃO: 160 PONTOS
    Você elaborou bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. traga riqueza de detalhes para justificar sua proposta:)

    O projeto de texto está satisfatório, mas ainda demonstra alguns pontos de falhas. Reveja se você desenvolveu todas as ideias que levantou para a abordagem do tema e para defesa do ponto de vista, pois é possível que algo tenha sido somente apresentado no seu texto, mas não retomado ao longo do desenvolvimento da redação. Além disso, seria recomendável também procurar aprimorar um pouco mais a fluidez entre as ideias, uma vez que há ainda trechos com pequenas lacunas na argumentação.

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