Tema: Alternativas para combater os maus-tratos aos animais

Já aviso que essa redação cabe em 30 linhas, viu? Parece que é muito grande, mas cabe sim, tanto que eu fiz no papel mesmo KKKKKK

No livro “Revolução dos Bichos”, do romancista George Orwell, um grupo de animais que vive em uma granja se rebela contra o seu proprietário, que é expulso do local por explorar e maltratar os seres que lá vivem. Fora da perspectiva lúdica do obra, no Brasil, de forma contrária às personagens, os animais enfrentam um entrave, onde há a falta de alternativas para combater os maus-tratos sofridos. Essa vicissitude tem origem inegável na mentalidade capitalista já cristalizada no imaginário coletivo. Destarte, fomentam o quadro não apenas a objetificação do ser, como também a conduta da mídia diante da problemática.

Sob esse viés, a coisificação dos animais corrobora a ausência de caminhos para aniquilar as crueldades para com esses. Isso ocorre, pois os seres, ao entrarem em contato com o sistema econômico vigente, perdem sua sensciência e, em prol do lucro, tornam-se, unicamente, produtos. A partir dessa mercantilização, os bichos passam a serem vistos como objetos pelos cidadãos, o que acaba por validar certa insensibilidade por parte dos indivíduos, que, por vezes, expressa-se em maus-tratos. O impasse apresentado clarifica como a sociedade brasileira, com base na perspectiva do pacifista Mahatma Gandhi – que sugere que a grandeza de uma nação pode ser julgada pelo jeito que trata seus animais -, não é uma nação competente com seus deveres, haja vista que o Brasil não trata seus animais com o devido amor.

A postura midiática frente às atitudes desumanas que acometem os bichos, além disso, alicerça a inexistência de maneiras para aniquilar a situação. Tal fato persiste, porque os meios de comunicação, com um objetivo puramente lucrativo, invisibilizam conteúdos que não são fonte de engajamento, o que acontece, justamente, com a questão dos maus-tratos aos animais. A invisibilidade mencionada valida, inegavelmente, um comportamento omisso e individualista do público, que, devido à lacuna informacional causada pelos veículos comunicativos, não age perante o impasse. De maneira análoga, o jornalista brasileiro Caco Barcelos declara que “A culpa não é de quem não sabe, a culpa é de quem não informa”, ratificando que a mídia, por seus ideais capitalistas, prefere perder seu papel informativo diante dessa calamidade.

Mediante ao exposto, fica claro que o pensamento por trás do capitalismo solidifica a carência de alternativas para combater os maus-tratos aos animais. Portanto, urge que o governo federal atue por meio do Plano Nacional de Combate aos Maus-tratos aos Animais, que, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, irá incentivar a doação de animais de estimação, como cães e gatos, a fim de promover informações aos indivíduos acerca da criação desses seres. Ademais, nesse mesmo Plano, empresas provadas e organizações não governamentais devem inserir programações informativas que irão atentar a população acerca dessa desumanidade e a ensinar como realizar denúncias a fim de torná-la mais empática com os bichos. Assim, a revolução escrita por George Orwell não será necessária, uma vez que, agora, haverá harmonia entre os seres.