Tema: acessibilidade no Brasil (redação estilo Enem)

A série “The Flash”, produzida pela Warner, retrata a eminência da locomoção no contexto heroico para a concretização de ações policiais. Ao longo da trama, a narrativa revela a importância da acessibilidade no cotidiano, por intermédio do Laboratório Star – local onde a equipe orientava o Flash nos salvamentos diários – que foi projetado especificamente para o Dr. Wells, dono do espaço de pesquisas que também é conhecido como “Flash Reverso”, o qual necessita da cadeira de rodas para se manter vivo e conseguir se locomover, dado que ele perdeu a habilidade de correr após acontecimentos que delimitaram seu futuro. Fora da ficção, o cenário retratado pode ser relacionado ao quadro atual brasileiro: a acessibilidade torna-se um problema pela ignorância populacional caracterizada pela escassez de empatia que gera ineficiência no desempenho de gestos comuns e essenciais.

Sob esse viés, denuncia-se a irrelevância do ser humano aos entraves da comunidade como incentivador do revés. Segundo C.S. Lewis, romancista irlandês, “a tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos”, haja vista que a falta de compaixão, a qual leva o indivíduo tornar o ambiente melhor e acessível para outras pessoas, demonstra-se ser uma prática de desmatamento. Associado a isso, está a sociedade como mobilizadora da educação hodierna, uma vez que ela é responsável por habilitar a equivalência de direitos que contorna a exclusão social de pessoas que, de certa forma, encontram-se afastadas do corpo social pelas dificuldades encontradas na acessibilidade no Brasil. Logo, a igualdade perante a lei, prevista na Constituição Federal de 1988, será realizada quando a corporação abandonar o egocentrismo e exercer a função de um educador moderno, criando, desse modo, um mundo acessível.

Por conseguinte, a incapacidade na realização de tarefas é consequência da limitada acessibilidade – promovida pelo Estado – aos grupos portadores de dificuldades físicas ou mentais. Segundo Martin Luther King, ativista americano, “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça a justiça de todo lugar”, o que delimita o desprovimento de ambientes acessíveis para a população a uma atitude injusta ao Brasil, tendo em vista que tal cenário demonstra a incapacidade governamental na inclusão do corpo civil. Além disso, a falta de acessibilidade ocasiona a desestruturação comportamental, acesso comum às necessidades, visto que o espaço físico tem influência na capacitação do comportamento individual: uma pessoa cadeirante não consegue se locomover em escadas. Dessa forma, o Governo Federal mobiliza as diferenças sociais pela ignorância em tornar o país capacitado nos afazeres trabalhistas para todos os cidadãos.

Portanto, é mister que o Estado tenha atitudes para evitar a exclusão social brasileira. Para o direito à benéfica acessibilidade, urge que o Ministério Público – órgão responsável pela criação e alteração legislativa – crie, por meio de investimentos nos centros urbanos, leis que tornem obrigatório a inclusão de grupos prioritários pelas sinalizações nas cidades. Tais leis serão concretizadas pela presença de sinais visuais e auditivos nas calçadas urbanas, que lado a lado, necessita do Ministério da Educação para fundamentar o ensino desses interventores nas escolas, proporcionando a compaixão em irrigar desertos, ou seja, a alimentação da esperança pela igualdade. Somente assim, será possível tornar a sociedade interligada pela comunicação, assim como em “The Flash” quando a equipe possibilitava a integração pela acessibilidade.