Tema: A necessidade de combater os altos índices de jovens que não trabalham nem estudam no Brasil (sem título)

De acordo com uma pesquisa da Revista Veja, 6,6 milhões de jovens brasileiros não trabalham, nem estudam – chamados de os “nem-nem”. Sabe-se, ainda, que boa parte destes são mulheres de baixa renda. Tendo em mente o último dado, é possível articular respostas para a seguinte pergunta: qual a maior razão dos altos índices e o que isso acarreta na economia e sociedade brasileiras?

Quanto aos motivos, é evidente a causa socioeconômica e, até mesmo, cultural. Mulheres têm maior dificuldade no ingresso no mercado de trabalho devido ao preconceito, por exemplo, acerca das possibilidades de gravidez. Além disso, está enraizado na cultura que mulheres devem ser do lar, não cabendo a elas o direito de trabalhar fora. No caso da baixa renda, a situação é ainda mais difícil, já que muitas vezes faltam o estudo e a capacitação necessários para a competição no mercado.

Em pequenas cidades ou famílias conservadoras, o estudo da mulher não é importante, não havendo incentivo ou possibilidade de acesso à educação. Entende-se, também, que daquelas que estudam, poucas conseguem um ensino de qualidade. Tal problema vai além do gênero. Sem o investimento necessário na educação pública, muitos jovens sentem-se motivados a desistirem dos estudos por acreditarem que é inútil para a vida real.

De uma visão geral, muitos jovens com boas condições estão no índice, justamente por não sentirem necessidade de estudar ou se preparar para o trabalho. Isso é um grande problema econômico, visto que os jovens deveriam estar compondo a População Economicamente Ativa, contribuindo para o crescimento e andamento do país. Ainda que não trabalhem, o estudo é visto como um investimento para que logo possam atuar oficialmente.

O elevado número dos “nem-nem” no Brasil possui raízes socioeconômicas e consequências econômicas. É, portanto, papel do governo enxergar que os custos com investimento na educação básica e superior, além de creches para auxiliar as mães, são necessários a longo prazo para mover a economia. No âmbito laboral, a criação de projetos de lei rigorosos para a inclusão da mulher no mercado é de extrema importância e necessidade.