Tema: A música como demonstração da desigualdade sócio-econômica no Brasil.

Famosa por ser um protesto contra o seu contexto social a música: “Como Nossos Pais” do cantor Belchior explora de forma conotativa a desigualdade que instaurava sobre os brasileiros durante o regime militar. Atualmente, ainda que de maneira liberal, as desigualdades socioeconômicas afetam os brasileiros, e análoga a canção de Belchior, a música é uma forma de protesto contra as disparidades socioeconômicas entre  classes médias e periféricas. Além de vitrine para reconhecer talentos nas comunidades brasileiras.

Martin Luther King, ativista político, disse: “A injustiça em qualquer lugar, ameaça à justiça em todo lugar.” Sob tal ótica, é passível de observação a maneira como as músicas expostas na periferia buscam lutar contra a desigualdade. Um exemplo eram as canções do cantor Daleste que expressavam o desejo por uma vida socioeconômica melhor baseada em igualdade para todos. Canções como a do cantor expressam 17% das músicas ouvidas atualmente no Brasil, segundo o IBOPE, e  levantam uma discordância absoluta contra a diferença econômica que determina quem merece uma vida estável e quem não é digno de tal.

Outrossim é a música como representação cultural dentro da favela. Assim como em qualquer outro lugar no Brasil, as favelas possuem jovens talentosos, que mesmo em meio as desproporção de oportunidades, utilizam a música como posicionamento contra a desconformidade, e pautam os seus direitos conscientizando assim uns aos outros.

Tendo em vista os pontos mencionados, cabe ao Estado dar “ouvidos” as periferias, e atender seus pedidos de igualdade. A começar, colocando em tramitação legal leis que garantam mais oportunidades de emprego aos moradores de comunidade. Como também, iniciativas sociais que invistam na cultura das favelas, através da música. Tornando “Como Nossos Pais” uma representação histórica  distinta à realidade brasileira.