Tema: “A marginalização das pessoas em situação de rua no Brasil”

No livro “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, é retratado um grupo de crianças e adolescentes que causam o terror na cidade de Salvador e optam pela marginalização por faltas de oportunidades onde vivem, as ruas. Contudo, no Brasil hodierno, mesmo com os avanços das leis nesse cenário, tal fato ainda é presente na sociedade. Isso deve-se a dois fatores: a pobreza de políticas sociais por parte do Governo e o preconceito das empresas privadas à população de rua.

Em primeira análise, deve-se ressaltar que o Estado não tem uma solução eficaz diante da marginalização dos moradores de rua. A exemplo do prefeito da cidade de São Paulo, em 2017, que, através da polícia, dispersou os habitantes da região da Cracolândia, a fim de combater a violência no local. Em vista disso, ao invés de oferecer a esses indivíduos oportunidades de reinserção na sociedade, autoridades faz-se presente ao expulsar os cidadãos sem casa. Diante disso, é necessário que as políticas sociais sejam aplicadas de forma correta pelo Governo.

Outrossim, o preconceito das empresas privadas ao oferecer empregos aos moradores de rua é um problema. Conforme a pesquisa do IBGE, a maioria dos mendigos são alfabetizados e não possuem vícios. Contudo, no mercado de trabalho, os empregadores associam os moradores de rua a algo marginalizado, a fim de não a oportunidade de emprego a essas pessoas. Nesse caso, o crime torna-se um refúgio aos cidadãos sem casa.

Portanto, é mister que o Ministério da Cidadania junto aos estados brasileiros, através de verbas públicas, ofereça empregos aos moradores de rua e crie banheiros e dormitórios públicos pelas cidades do Brasil, com o propósito de evitar a marginalização dessas pessoas. Assim sendo, os “Capitães da Areia” causarão terror apenas na obra literária.