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Tema: A linguagem neutra em debate no Brasil

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A cantora norte-americana Demi Lovato se identifica como “não-binárie”, isto é, não se associa a um gênero. Por isso, quando as pessoas dialogam acerca dela, utilizam, geralmente, a linguagem neutra. Na língua inglesa, porém, as palavras, em sua maioria, não sofrem alterações entre feminino e masculino, facilitando a adaptação para a referência da cantora. Ocorre que, no Brasil, onde o português é o idioma usado pelos indivíduos, há uma variação lexical, a qual depende, também, do gênero, o que evidencia, ao introduzir a linguagem neutra, a agressão à formalidade e, com isso, o número de analfabetos é ampliado.

Diante desse cenário, a norma padrão da língua portuguesa não insere, na perspectiva populacional, a neutralidade nas palavras. Isso acontece, porque o latim, ao originar o idioma dito pelos brasileiros, teve o gênero neutro caracterizado pelo masculino, ou seja, tal função é exercida no português, mas não de forma separada, como no inglês. Assim, as pessoas desejam criar pronomes e alterar palavras, visto que têm um pensamento incoerente fundamentado na inexistência da neutralidade e, devido a isso, possuem escolhas lexicais que vão de encontro à gramática normativa. Esse raciocínio é comprovado por um debate político, em que uma deputada, no intuito de demonstrar respeito, diz: “Boa noite a todos e a todas!”. Contudo, o influenciador Nikolas Ferreira refutou a frase dela, pois é redundante – agride a formalidade.

Por conseguinte, com a introdução da linguagem neutra, a alfabetização dos brasileiros é dificultada. Sob esse viés, na série televisiva “The Policitian”, o protagonista apresenta problemas para aprender a falar em latim. Embora ficcional, esse quadro já é uma realidade no país, dado que muitos indivíduos, apesar de reconhecerem as letras, não compreendem textos e desconhecem parte do idioma português. Nesse contexto, com a criação de novos pronomes, tal dificuldade retratada no Brasil é aumentada, uma vez que se eleva o conteúdo que deve ser aprendido. Desse modo, haverá mais analfabetos, em virtude da ampliação das características da língua, as quais a tornam mais incompreendida.

Portanto, a linguagem neutra mostra-se um erro gramatical e dificulta a alfabetização completa dos brasileiros. Cabe, então, às escolas ensinarem, por meio de aulas interativas, que a neutralidade se faz presente no idioma português, sendo igual ao masculino das palavras, a fim de evitar a criação de pronomes e a alteração da gramática normativa, executada pela deputada no debate político. Tal ação deve visar, também, a redução do índice de analfabetos, aumentado pela complexidade da língua portuguesa ao introduzir a linguagem neutra. Com efeito, ter-se-á uma nação respeitosa ao fazer referências a pessoas “não-binárie”, como Demi Lovato, e que segue a formalidade.

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3 Correções

  1. Olá! Achei o texto extremamente bem estruturado, com argumentos concretos, aprofundados e embasados. Parabéns! Os parágrafos estão interligados e há uma variedade de conectivos, o que é ótimo! Talvez a tese não esteja muito bem explícita na introdução, o que, nesse caso, não atrapalhou a compreensão, mas é necessário tomar certo cuidado em relação a esse ponto.

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  2. Olá, Matheus. Em relação a estrutura do texto vejo que você conseguiu seguir bem, porém a tese não está bem apresentada, não esta tão explicito o problema. Já com o texto inteiro está muito bem estruturado sem nada a acrescentar, espero ter ajudado e bons estudos

    Att: Patrick

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  3. Olá, Matheus! Seu texto ficou extremamente coerente, objetivo e rico em argumentos. Pra mim, você pontuou integralmente em todas as competências exigidas pelo ENEM e outros vestibulares (fuvest, unicamp, unesp…). Caso sua redação seja voltada para esses vestibulares tradicionais, tome cuidado para não se esquecer do título pois é obrigatório! Bons estudos e continue firme! :))

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