Tema: A fabricação de mitos na contemporaneidade

Boa tarde Matheus!!! Vou expor aqui a análise que fiz do seu texto que, a propósito, está muito bem feito com as impressões que tive

:) – Competência 1 – Domínio da escrita formal da língua portuguesa – 140
Considerei essa nota por perceber uma sequência de erros sutis mas cumulativos descrito na competência 1 como 120pts e porque também não concordo com o descritivo ENEM que sua escrita seja mediana, por isso coloquei a nota no intervalo entre 120 e 160 previstos no portal do MEC, na correção abaixo eu colocarei o que percebi
-> Dica: Em caso de dúvida na hora da vírgula ou para evitar excesso de vírgulas e travessões coloque o texto na ordem direta, assim você economiza vírgulas que podem ser reutilizadas para evitar o uso de travessões e não será necessário o excessivo uso desses.

XD – Competência 2 – Compreender o tema e não fugir do que é proposto – 200
Sua argumentação é consistente e produtiva e você apresenta um ótimo domínio desse tipo de texto!!! Parabéns!!!

XD – Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – 200
Tudo nos conformes também, consistente e organizado!!! Parabéns!!!

XD – Competência 4 – Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – 200
Seu texto está perfeitamente coeso e com a progressão bem articulada!!! Parabéns!!!

XD – Competência 5 – Conclusão e proposta de intervenção – 200
Sua conclusão apresenta todos os tópicos necessários para uma boa proposta de intervenção e um bom detalhamento!!! Parabéns!!!

Nota geral: 940 Parabéns!!!!!

Correção detalhada (numerei os erros de acordo com o que fui percebendo)

J. R. R. Tolkien escreveu a renomada obra “O Senhor dos Anéis” no intuito de criar uma mitologia exclusivamente inglesa, ou seja, uma narrativa fantástica da Inglaterra[[10]] capaz de explicar a origem daquilo que se conhece: na trama, Sauron – o senhor do mal – forjou um anel para controlar os outros seres da Terra-Média. Ao sair da ficção, sem desconsiderar o objetivo do autor, percebe-se que os mitos ainda são fabricados, devido ao entretenimento que proporcionam e ao potencial de transmitir princípios.
Diante desse contexto, a capacidade de diversão possibilitada pelos mitos é, na contemporaneidade, um fator motivacional para a fabricação deles. Tal cenário ocorre, porque a mitologia, inserida em meios de entretenimento, [[1]] como jogos e filmes, gera dopamina – neurotransmissor relacionado a sensações prazerosas. Com isso, um indivíduo, buscando prazer, passa a consumir tais conteúdos, seja como [[2]]passa-tempo – distração para contornar um quadro tedioso -, seja por puro interesse. [[3]] Ilustração disso é a empresa Marvel, que, ao criar um universo de heróis – construir uma mitologia -, produz quadrinhos e obras cinematográficas, produtos – com a finalidade de divertir alguém – consumidos mundialmente.
Além disso, os mitos podem auxiliar a educação dos humanos, sendo uma razão que incentiva[[4]] a fabricação de narrativas fantásticas. Acerca dessa ótica, pode-se mencionar os irmãos Grimm, famosos por seus contos morais, os quais possuem a lógica de ensinarem as atitudes mais adequadas que uma pessoa deve ter:[[5]] em “[[6]]Chapéuzinho Vermelho”, a título disso, é mostrado um ensinamento: é perigoso, para uma criança, caminhar sozinho. Dessa forma, a mitologia é fabricada com o pensamento de transmitir princípios à sociedade, assim como muitos pais contam sobre “[[6]]Chapéuzinho Vermelho” para educarem os filhos a não andarem sozinhos nas ruas, já que são lugares de males, os quais, por meio dos ensinamentos mitológicos, podem ser evitados.
Em suma, a fabricação dos mitos é motivada por aspectos positivos: eles [[7]]promoverem a diversão e passarem[[7]] ensinamentos. Portanto, urge que o Ministério da Cultura[[8]] – responsável por ampliar programas culturais – crie, por intermédio de investimentos em obras de universos fictícios, como “O Senhor dos Anéis”, uma iniciativa de suporte a construção de diferentes mitologias, a fim de gerar mais entretenimento à população e de ter diversas histórias utilizadas tanto pelos pais quanto pelas escolas para transmitir uma ética comportamental. Assim, qualquer um poderá produzir mitos, algo que é restrito, [[9]]muitas vezes,[[9]] a empresas como a Marvel ou a pessoas famosas, como os irmãos Grimm e J. R. R. Tolkien.
[1] – Não há vírgula
[2] – Passatempo não é separado por hífen
[3] – Faltou um artigo seja ele definido ou indefinido
[4] – O modo verbal está incorreto, pois se o verbo “podem” está no presente do subjuntivo, o verbo “incentivar” também deve estar.
[5] – Nesse caso, deve ser usado o ponto final, mesmo que a frase a seguir trate de assunto de “mesma natureza”, pois não é nenhuma frase em destaque, nem uma oração subordinada substantiva apositiva
[6] – Chapeuzinho não é acentuado, pois na língua portuguesa as sílabas tônicas são acentuadas a partir das proparoxítonas, e no caso de chapeuzinho a tônica é antes da proparoxítona.
[7] – Os verbos deveriam estar no presente para dar ênfase aos fatos, o futuro do subjuntivo não é o ideal por dar ideia de distância, já se foram para esse modo por causa do infinitivo pessoal, deve ser acrescentado o “por” e retirado o pronome pessoal do caso reto “eles”.
[8] – O Ministério da Cultura não pode ser usado porque ele foi extinto no governo atual e agora a pauta corresponde à pasta do Turismo sendo uma subdivisão denominada “Secretaria Especial da Cultura”
[9] – Não há vírgula, pois, a frase está na ordem direta, haveria vírgula se a construção fosse “algo que, muitas vezes, é restrito”
[10] – Aqui há vírgula, pois, é uma subordinada explicativa e o sujeito que será retomado é mitologia inglesa.
[11] – Aqui não há vírgula por ser uma subordinada subjetiva restrita de particípio, ou seja, a anterior serve como sujeito e não se separa o sujeito do resto da oração.

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