Tema – A educação a distância no Brasil: possibilidades e desafios.

No Brasil, o ensino à distancia (EaD) tem ganhado cada vez mais mercado. Essa modalidade de aprendizagem traz, entre suas vantagens, a facilidade de o aluno não se locomover até centros de ensino e o custo menor de aquisição comparado ao presencial. Contudo, também há  preocupações a respeito das possibilidades e desafios de sua implementação, as quais precisam ser debatidas.

Dentre as possibilidades, ressalta-se que, por causa da pandemia COVID-19, durante 178 dias do ano 2020, houve fechamento das escolas e o EaD se mostrou valioso para a continuidade do ano letivo. Esse fato revela o potencial do ensino a distância para, não só, complementar o presencial, mas principalmente, em futuro próximo, substitui-lo no que tange a ministração da teoria das disciplinas. Desta maneira, as escolas poderiam ser transformadas em centros e laboratórios (robótica, química, biologia, literatura, esporte, teatro etc), onde se garantiria a experiência prática dos conhecimentos adquiridos on-line, além do convívio social. Logo, haveria uniformidade no ensino teórico digital e foco experiencial na modalidade presencial.

Por outro lado, dentre os desafios, destaca-se que existem entraves para a implementação do EaD, os principais são: a exclusão digital e a majoração do tempo de uso de tela. O primeiro justifica-se por o Brasil apresentar desigualdades na distribuição do acesso à internet, aos equipamentos (notebook, tablet etc) e ao conhecimento de manejo das tecnologias. O segundo tem base científica, de acordo com pesquisa publicada pelo “Jornal of Integrative Nerosciense “, o uso excessivo de telas aumenta o risco de doenças mentais como demência e alzheimer. Desta forma, para efetiva mensuração do custo-beneficio do ensino online tais pontos devem ser levados em consideração.

Por fim, é possível aproveitar o melhor da tecnologia na educação, para tanto será necessário investimento governamental e privado. Esta, por meio de empresas, na implantação do 5G, principalmente, em áreas rurais; aquela, por meio do poder executivo, na estruturação das escolas em centros e laboratórios, assim como formação de professores para atuação em ambientes digitais; na criação de um aplicativo único, no qual serão disponibilizadas aulas gravadas das matérias da grade curricular, possibilidade interação por meio de “lives”e material em texto; por meio do poder legislativo, para regulamentar o máximo de tempo de aulas diárias permitidas em função do tempo de tela exposto ao aluno. Somado a isso, a sociedade e a escola também terão sua participação. A primeira na doação de equipamentos para reciclagem e distribuição aos necessitados e a segunda na qualificação dos excluídos digitalmente por meio de projetos pedagógicos.