Tabagismo no século XXI: problemas e consequências

A OMS (Organização Mundial de Saúde) publicou que a cada 6 segundos uma pessoa fumante morre, resultando em 6 milhões por ano. Análogo a isso, atualmente no cenário brasileiro, o Governo Federal gasta em média 58 bilhões no tratamento — gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde) — de pessoas com câncer devido ao tabaco. Tendo em vista que o problema do tabagismo, dentre outros fatores, vem da normalização do uso e glamourização midiática, as consequências são agravantes.

A princípio, o Brasil tem a lei antifumo, instaurada em 2014, restringindo áreas para fumantes em locais sociais, fazendo o país diminuir os números de usuários. Entretanto, o ideal de classe atribuído ao cigarro permanece quase intacto e mesmo sendo um pensamento ultrapassado, ainda há um grande fetichismo. Além disso, a repetição do ato de fumar é reproduzido com frequência nos filmes/séries de diversas plataformas digitais, território ocupado na maior parte por jovens, que absorvem inconscientemente e, dependendo do contexto inserido, retém como meio de fuga dos problemas ou status social.

Sob esse viés, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) alerta a respeito do uso do tabaco, pois a sensação de prazer obtida é quase imediata, porém se esvai na mesma velocidade. Assim, pode despertar o interesse do usuário à buscar sensações mais duradouras no próprio cigarro, com o aumento da quantidade/tempo de fumo, ou por drogas ilícitas. De tal forma, o usuário já é considerado dependente químico da nicotina.

Portanto, fica evidente a necessidade de combater o crescente problema do tabagismo e seus resultados. Assim, é dever do Ministério da Saúde em parceria com a OMS promover ações públicas, por meio de projetos de lei entregue a Câmara dos Deputados, com o objetivo de conscientizar a sociedade, em todas as faixas etárias, sobre o uso e efeitos do tabaco, resultando no caimento no índice de mortes por cigarro. Além disso, é papel do público consumidor das mídias digitais protestar contra as obras cinematográficas que banalizam cenas com fumantes, com a finalidade de frear tal situação.